O uso da vitamina B6 para tratar depressão e ansiedade foi objeto de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Reading, no Reino Unido.
De acordo com os pesquisadores, é possível reduzir os sintomas dessas doenças fazendo uso controlado, com acompanhamento médico, da vitamina B6.
Isso ocorre porque a vitamina ajuda o corpo a produzir um mensageiro químico específico que inibe os impulsos no cérebro, promovendo um efeito calmante que está relacionado com a redução da ansiedade.
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Como funciona a vitamina B6 para tratar depressão?
Com base nos resultados apresentados após testes com voluntários que participaram da pesquisa, os pesquisadores afirmaram que é possível identificar padrões nutricionais que podem beneficiar o bem-estar mental, incluindo o consumo controlado de vitamina B6.
Acontece que essa vitamina ajuda a aumentar a produção de GABA, o ácido gama-aminobutírico.
O GABA bloqueia os impulsos entre as células nervosas do cérebro, ajudando muito no bem-estar mental. Esse ácido é também um micronutriente importante para o metabolismo dos aminoácidos.
Além desses efeitos, a vitamina B6 age na síntese de substâncias que atuam no sistema nervoso, como a serotonina e a dopamina, diretamente relacionadas a regulação do humor, prazer e da memória.
E ajuda na formação do grupo hem, que está presente na hemoglobina, a proteína que transporta ferro pelo corpo. Tudo isso, de alguma forma, contribui para o equilíbrio do organismo, atuando na redução dos sintomas de depressão e ansiedade.
Alimentos com vitamina B6
Para saber como se alimentar ou se é necessário fazer suplementação de vitamina B6, é recomendado ir ao médico fazer exames e receber as orientações adequadas, que variam de pessoa para pessoa.
Mas, de qualquer maneira, é bom saber quais alimentos contêm, naturalmente, a vitamina B6 para incluir no cardápio de forma equilibrada no dia a dia. Veja alguns exemplos:
- Fígado bovino grelhado — 1,4 mg
- Farinha de mandioca — 0,8 mg
- Fígado de galinha — 0,8 mg
- Noz — 0,7 mg
- Avelã — 0,6 mg
- Batata assada — 0,5 mg
- Sementes de girassol — 0,5 mg
- Amendoim torrado — 0,5 mg
- Macadâmia — 0,3 mg
- Banana — 0,3 mg
A dose diária ideal é de 1,3 mg por dia, até os 50 anos. Depois disso, passa para 1,7 mg, já que a demanda do organismo aumenta. O ideal é conseguir suprir somente com a alimentação balanceada, deixando a indicação de suplementação a cargo de profissionais.
Fonte: Correio Braziliense