alergia a amendoim estudo
Crédito: Freepik

Pílula para alergia ao amendoim está sendo testada com efeitos positivos

Quem sofre com alergia grave terá uma salvação. Veja quais foram os resultados do estudo.

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Viver com algum tipo de alergia pode ser desde incômodo até um perigo iminente, dependendo do nível do problema.

Muitos pacientes que sofrem com alergia ao amendoim têm uma condição severa que pode causar fechamento da garganta e parada cardíaca ao consumirem apenas 30 miligramas da proteína alimento. Para efeito de comparação um único amendoim contém entre 250 e 350 miligramas de proteína.

Um alívio para alérgicos

A boa notícia é que uma possível solução está em fase de desenvolvimento. A farmacêutica Aimmune Therapeutics reuniu 496 crianças e adolescentes de 4 a 17 anos com alergia grave à proteína do amendoim para testar os efeitos de uma exposição gradual e metódica à proteína purificada com o objetivo de acostumar o organismo e reduzir as reações alérgicas.

Passado 1 ano de tratamento, o resultado mostrou que os pacientes desenvolveram a capacidade de tolerar a proteína 30 vezes mais do que conseguiam no início dos testes.

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Para fazer o estudo os pesquisadores dividiram as crianças em dois grupos: um recebeu as pílulas de proteína, chamadas de AR101, e o outro recebeu pílulas placebo, sem efeito.

As crianças que receberam a pílula com proteína tiveram as doses aumentadas gradativamente até chegar a 300 miligramas de proteína na 22ª semana de estudo, o que já é muito mais do que o tolerável.

Depois de 48 semanas foi realizado um desafio com todas as crianças: elas receberam doses crescentes de proteína do amendoim em um intervalo de 20 a 30 minutos, monitoradas em laboratório.

O resultado foi melhor do que o esperado. 67,2% das crianças que tomaram AR101 puderam suportar doses únicas com até 600 miligramas de proteína durante 2 horas e meia, enquanto apenas 4% das crianças que tomaram placebo conseguiram o mesmo.

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E ainda, 50,3% das crianças que tomaram AR101 foram capazes de suportar a dose máxima de 1.000 miligramas de proteína por 3 horas, enquanto apenas 2,4% das crianças que tomaram placebo conseguiram o mesmo.

Esse resultado animou o Dr. A. Wesley Burks, chefe do estudo. Mostra que será possível desenvolver um remédio capaz de reduzir consideravelmente os efeitos severos da alergia à proteína do amendoim em uma quantidade moderada.

Assim, apesar de são ser a cura, uma pessoa alérgica não vai mais precisar viver com medo de entrar em contato com qualquer vestígio de amendoim sem ter uma reação que pode ser fatal.

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Todos os pacientes da pesquisa passaram a se tratar com a AR101 em doses variáveis para aliviar seus sintomas, mantendo o organismo acostumado com a presença da proteína. Agora o objetivo é mantê-los sob análise para continuar acompanhando os efeitos e também fazer testes em adultos.

Dando tudo certo, considera-se que será possível colocar no mercado uma ótima opção para prevenir a alergia ao amendoim. Esperamos que seja em breve!

CONHEÇA OUTRO ESTUDO

O problema com amendoim é apenas ume entre tantos tipos de alergias existentes e a biomedicina busca constantes soluções para curar ou amenizar os sintomas. Leia sobre um interessante estudo que envolve anticorpos capazes de bloquear o efeito de qualquer alergia, no artigo Cientistas divulgam possível solução para todos os tipos de alergias.

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