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Estresse: conheça suas causas, sintomas e prevenção

Esta síndrome que acomete grande parte da população precisa ser melhor compreendida para ser tratada e curada

Crédito: Freepik

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Nas últimas décadas, o termo “estresse” se popularizou muito. Com isso, as pessoas acabam usando- o para denominar qualquer sensação isolada de cansaço e irritação que sintam por causa das atividades do dia a dia.

Entretanto, o verdadeiro estresse é mais do que isso. De acordo com Alexandrina Meleiro, médica psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em entrevista para o site do Dr. Drauzio Varela, esse é um mecanismo fisiológico de defesa natural, do qual todos os animais necessitam para reagir a situações extremas.

Nossos ancestrais precisavam das reações desse mecanismo, caracterizadas por liberação de adrenalina e outros medidores fisiológicos, para agirem em momentos de ataque ou caça, garantindo a sobrevivência da espécie.

Atualmente, além da reação fisiológica para fim de sobrevivência, ele também atinge o ser humano mais lentamente, através do acúmulo dos problemas do dia a dia. Mas não pode ser considerada “estressada” uma pessoa que viveu uma única situação exaustiva e logo em seguida se recuperou.

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Quando vai atingindo o organismo aos poucos, o estresse provoca o aumento constante da pressão sanguínea, os batimentos cardíacos ficam mais acelerados e estes fatores vão prejudicando a saúde ao longo do tempo.

Quais são os principais sintomas?

Crédito: Freepik

Há situações em que o corpo irá desencadear as reações fisiológicas necessárias para agirmos em uma situação de risco. Este tipo de estresse é normal e algumas pessoas o sentem diariamente em suas profissões, como no caso de pilotos de Fórmula 1.

Mas aquele que acomete a maior parte da população que leva um estilo de vida exaustivo dá sinais através do cansaço constante, mesmo logo ao acordar. A pessoa permanece irritada e sem energia ao longo do dia e pode ter insônia.

Antes destes sintomas, pode haver uma fase de enfrentamento, em que a pessoa é levada ao seu extremo para dar conta do recado e alcançar a perfeição exigida. Mas depois o corpo não suporta a pressão e cede.

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É importante ficar atento a estes sintomas, que normalmente são percebidos e alertados pelas pessoas que vêem a situação de fora.

De que forma ele se manifesta e quais as consequências?

Como citado anteriormente, quando vivemos uma única situação e nos recuperamos depois de uma boa noite de sono, não somos diagnosticados como estressados.

Entretanto, quando os estímulos estressantes começam a ser frequentes e não conseguimos mais encontrar saída para nos livrar deles, o organismo começa a ser danificado.

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Os sinais de cansaço constante podem desencadear problemas endócrinos, imunológicos e nervosos, levando à exaustão diária, que então é considerado como um problema de saúde que precisa ser tratado.

Se não buscar ajuda, a pessoa acometida estará sujeita a desenvolver pressão alta, sofrer infarto, problemas de pele, além de sentir dores constantes pelo corpo.

É uma doença?

Segundo a Dra. Alexandrina, o estresse ainda não é considerado uma doença, mas sim uma síndrome. Porém, como ele afeta diversos sistemas do corpo, acaba sendo o principal desencadeador de diferentes doenças. Por isso, é possível que em poucos anos ele acabe sendo considerado uma doença também.

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Apesar disso, deve ser levado a sério pelos médicos como um fator importante nos diagnósticos de doenças, pois cada pessoa reage a ele de uma forma distinta, e muitas precisam de tratamento psicológico antes que doenças sérias se manifestem.

Há comportamentos mais propensos ao seu desenvolvimento?

Crédito: Freepik

Há pessoas muito tranquilas e despreocupadas com tudo, e há pessoas altamente exigentes consigo mesmas e com os outros. Ambas podem sofrer com o estresse, só que em momentos diferentes.

O despreocupado tem o hábito de deixar tudo para a última hora, não se preocupa com a organização antecipada ou a conferência das coisas, seja na sua vida pessoal ou profissional. Para ele, o problema aparece justamente nos momentos em que “não dá mais tempo” de corrigir o que deveria ter sido feito antes.

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Para o exigente, o sofrimento antecipado de que as coisas podem dar errado se ele não estiver com tudo organizado e conferido antes da hora é que desencadeia o estresse. Nestas pessoas, o medo da reprovação também é um forte impulsionador de estímulos estressantes.

O ideal é que haja um equilíbrio entre estes dois comportamentos. Temos que ter consciência de que não temos tudo sob controle, mas que com um pouco de organização, nem demais nem de menos, aumentamos as chances de que tudo ocorra bem, nas diferentes situações da vida pessoal e profissional.

Qual é a melhor forma de prevenir?

Aproveitar momentos de descanso, lazer e descontração, sem cobranças, é fundamental para qualquer pessoa. Principalmente ainda na infância, pois cada vez mais as crianças são embaladas por compromissos e quase não sobra tempo para brincar.

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O excesso de exigências e a expectativa colocada pelos pais desde cedo provocam um crescente estado de insatisfação nas crianças, que pode ser levado para uma vida adulta problemática e infeliz.

O pensamento positivo é outro ótimo aliado e deve ser praticado desde cedo. As pessoas muito exigentes não conseguem pensar que tudo pode dar certo, mesmo depois de já terem feito o que estava ao seu alcance para garantir o sucesso.

Em uma situação de estresse, é preferível enxergar o que estiver dando certo, apesar do que estiver dando errado.

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Pessoas que já possuem uma tendência constante a entrar em situações nervosas devem procurar ficar longe de drogas que causem um falso efeito de tranquilidade e controle. As substâncias psicoativas podem até ajudar naquele momento, porém vão desenvolver a dependência e acabar mascarando o problema ao invés de resolvê-lo.

As informações desse artigo não substituem uma consulta médica. Caso perceba esses sintomas, procure um especialista. Se achou o conteúdo útil e interessante, compartilhe!

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