Estrabismo
Crédito: Freepik

Estrabismo: entenda o que é, as causas e o tratamento

Quanto antes for diagnosticado, melhores são as chances de cura rápida

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O estrabismo é um desalinhamento dos olhos. Pode acontecer de forma intermitente (com períodos de intervalo) ou constante, fazendo com que a linha de visão de um olho não aponte para o mesmo objeto que a do outro olho.

Cerca de 3% das crianças desenvolvem estrabismo, seja nos primeiros meses de vida ou mais tarde, ainda na infância.

Destas, cerca de 50% apresentam alguma perda de visão por causa da ambliopia, que é a redução da visão porque o cérebro ignora a imagem recebida de um dos olhos. É como se ele deixasse de funcionar porque não está sendo usado.

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O que causa o estrabismo?

Crédito: Reprodução MSD Manual

Nas crianças que apresentam estrabismo antes dos 6 meses de idade, as causas podem ser histórico familiar, distúrbios genéticos (como a Síndrome de Down), exposição pré-natal às drogas, nascimento prematuro, malformação congênita na estrutura dos olhos ou paralisia cerebral.

Quando o estrabismo ocorre a partir dos 6 meses de vida, costuma ser devido a um erro de refração (hipermetropia excessiva) ou por um desequilíbrio na força dos músculos que controlam a posição dos olhos.

Outro motivo a partir dessa idade é a perda de visão grave em um dos olhos, como no caso de catarata ou pelo erro de refração, pois faz o cérebro ter dificuldades na capacidade de manter o alinhamento dos olhos.

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Há mais motivos para o estrabismo nas crianças, como retinoblastoma, paralisia cerebral, espinha bífida, infecção viral no cérebro, traumatismo craniano, fratura da órbita ocular ou fraqueza dos nervos que controlam o movimento dos olhos.

O estrabismo em adultos é raro e os mais frequentes são os adquiridos, resultantes de traumatismos cranianos, devido a problemas vasculares (tromboses), botulismo, diabetes (estrabismo paralítico – vascular), Síndrome de Guillain-Barré ou cegueira.

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Tipos de estrabismo

Os tipos de estrabismo variam de acordo com o desvio do olho, se é para dentro, para fora, para cima ou para baixo. Também se o olho vira todo o tempo ou apenas parte do tempo, e se é leve ou grave.

Sintomas

Os pais devem observar os olhos e o comportamento da criança para serem capazes de notar alguma diferença.

Quando existe estrabismo, a criança costuma apertar os olhos ou cobrir um deles. Também por conta da dificuldade de enxergar de forma alinhada, a criança pode se mover de forma descoordenada e apresentar problema de postura.

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Quando o desvio ou desalinhamento dos olhos é constante e perceptível, chamado de tropia, a criança pode apresentar perda da visão, pois o cérebro tenta “protegê-la” da visão confusa e dupla.

As crianças mais velhas podem ter, além da visão dupla, torção e espasmos no pescoço (torcicolo) para compensar o desalinhamento dos olhos.

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Diagnóstico e tratamento

O pediatra pode diagnosticar o estrabismo nas crianças fazendo um exame dos olhos no consultório mesmo.

Também pode pedir exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética do cérebro ou da medula espinhal em crianças com paralisias de nervos cranianos.

E exames de sangue podem ser feitos para identificar algum distúrbio genético.

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É importante que os responsáveis levem a criança ao médico caso percebam qualquer sinal de problema de visão.

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Embora alguns casos muito leves de estrabismo se curem sozinhos, é necessário fazer tratamento para evitar o risco da perda de visão, que ocorre principalmente quando a criança até os quatro ou seis anos não recebe o tratamento adequado.

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O tratamento é feito para promover a equalização da visão e depois o alinhamento dos olhos. No caso de crianças com ambliopia, o tratamento consiste em treinar e fortalecer o olho mais fraco, colocando um tampão sobre o olho melhor, ou usando colírios para turvar a visão do olho melhor.

No caso de crianças com um erro de refração significativo, os médicos geralmente receitam óculos ou lentes de contato.

Se esses tratamentos não resolverem, e realmente houver necessidade, ou se o estrabismo ocorrer na vida adulta, existe a possibilidade de cirurgia que consiste em afrouxar (recessão) ou apertar (ressecção) os músculos dos olhos.

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Artigo com informações de Manual MSD

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