A esquizofrenia é uma das doenças mais incompreendidas que existem. Muitas pessoas têm preconceitos em relação a ela por falta de informação ou mesmo por ignorância. Apesar de ela atingir apenas 1% da população mundial, é grave e precisa ser discutida e esclarecida, principalmente para que os pacientes recebam o suporte adequado de suas famílias.
O que é?
Essa doença é um distúrbio que atinge o cérebro e provoca alucinações e delírios. Além disso, ela provoca alterações comportamentais, confusão mental, indiferença ou falta de empatia em relação a outras pessoas. Indivíduos com essa doença perdem o contato com a realidade, sendo em muitos casos incapacitadas de interação social.
A doença possui vários tipos. Eles são definidos a partir dos sintomas manifestados e da maneira como a doença afeta a vida do paciente. Veja abaixo suas diferentes formas.
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Simples
Modifica a personalidade do paciente, que prefere se isolar de tudo e de todos. Ele se torna indiferente aos afetos.
Paranoide
O paciente passa a ter falas confusas e ausência de emoção. É comum que pense ser perseguido por pessoas estranhas ou mesmo fantasmas.
Desorganizada
Há uma infantilidade do paciente, que se torna mais emocional e com pensamentos ausentes de sentido.
Catatônica
O quadro é de total apatia. O paciente pode imobilizar-se por horas na mesma posição, o que pode gerar redução motora.
Residual
Há alterações comportamentais, emocionais e sociais, mas em menor grau do que nos outros tipos.
Indiferenciada
Os pacientes não se encaixam em nenhum dos tipos acima, mas apresentam características esquizofrênicas.
Causas e fatores de risco
A genética é responsável por até 50% dos casos de esquizofrenia. A outra metade vem de fatores ambientais. Sendo assim, a combinação de alguns genes com fatores estressantes na vida do paciente é o que desencadeia a doença. É importante acrescentar que há fatores de risco capazes de aumentar as chances de aparecimento da esquizofrenia. Veja abaixo:
- Exposição a toxinas, vírus ou à má nutrição no útero materno;
- Problemas no parto devido à falta de oxigênio;
- Uso de maconha;
- Tabagismo;
- Ter um pai com idade muito avançada.
Sintomas
Pode se dizer que essa é uma doença com sintomas bastante característicos. Dependendo do número de sintomas que uma pessoa apresenta, o diagnóstico torna-se quase evidente. Veja abaixo comportamentos e ocorrências que os pacientes esquizofrênicos podem apresentar.
- Delírios;
- Alucinações;
- Ideias e pensamentos confusos;
- Habilidade motora reduzida ou anormal;
- Pouca socialização;
- Indiferença afetiva;
- Fala monótona, sem expressão facial;
- Falta de higiene;
- Perda do interesse em atividades cotidianas.
Cabe ressaltar que os sintomas são mais comuns em homens entre os 15 e os 20 anos. Nas mulheres, beirando os 30. Há casos dessa doença em crianças e mesmo em adultos com mais de 50 anos.
Tratamento
O tratamento é para sempre. Ele deve ser realizado com medicamentos antipsicóticos e com psicoterapia. Em casos de crise, para segurança, higiene e alimentação, o paciente deve ser hospitalizado. Para aqueles que não respondem aos medicamentos, pode ser recomendada a terapia eletroconvulsiva, feita sob anestesia geral.
Como ajudar uma pessoa em sua casa com a doença
Claro que ajudar alguém com esquizofrenia não é uma tarefa fácil. É preciso ter paciência para que a situação do paciente não se agrave. Veja abaixo algumas coisas que pode fazer para amenizar o sofrimento de seu ente querido.
- Incentive a pessoa a continuar o tratamento;
- Não diminua as ilusões ou delírios que o paciente tem;
- Seja solidário, empático e gentil, mas não aceite comportamentos perigosos.
Dica: Se desconfia, procure ajuda médica
Não há alternativa quando o assunto é esquizofrenia. Ao menor indício de que está com essa doença, vá direto ao médico.
As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. E para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.