Parece que, na ciência, tamanho é documento. A prova disso é esse espermatozóide gigante, encontrado em um crustáceo preservado em âmbar, por milhares de anos. Descobertas arqueológicas ajudam a repensar a evolução, mostrando que algumas adaptações fizeram sentido e outras nem tanto. Assim, são fundamentais para o acesso ao conhecimento.
Por isso essa descoberta está agitando a comunidade científica em todo o mundo. Fruto de uma parceria entre a Queen Mary University of London e a Chinese Academy of Science em Nanjing, essa pesquisa encontrou os mais antigos espermatozóides registrados, em Mianmar, país asiático. Eles têm mais de 100 milhões de anos e são do tipo gigante.
Estavam dentro de um crustáceo fêmea, do gênero Myanmarcypris hui, que tinha cruzado um pouco antes de ser envolta pela seiva da árvore, que formou o âmbar que a preservou intacta. Da mesma forma, seus órgãos também estavam perfeitamente identificáveis. Com cerca de 1 milímetro de comprimento, esse crustáceo tem o espermatozóide do tipo gigante, que mede quase o mesmo que o animal.
Para os pesquisadores, a espécie evoluiu muito, sendo realmente impressionante achar essa espécie de crustáceo com espermatozóides, “especialmente quando você considera que muitos ostracodes podem se reproduzir assexuadamente, sem precisar de machos“. Uma descoberta e tanto, concorda?