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Escola corta cabelo de menina de 7 anos sem permissão

Combater o preconceito é mais difícil quando as pessoas que deveriam promover a mudança são as responsáveis pelas agressões

Crédito: Facebook/Jimmy Hoffmayer

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Apesar de ter pele branca, a pequena Jurnee Hoffmeyer convive com o preconceito racial por ser filha de pai afrodescendente. A prova disso foi quando ela sofreu dois ataques, com apenas dois dias de intervalo, na escola em que estuda, em Mount Pleasant (Michigan, EUA).

O primeiro ataque ocorreu por parte de uma colega que ia para casa com Jurnee no ônibus escolar. Essa colega cortou metade dos longos cachinhos de cabelo da garotinha, sem a permissão dela.

Crédito: Facebook/Jimmy Hoffmayer

Ao chegar em casa, o pai de Jurnee, Jimmy, viu que a filha estava abatida e perguntou o que houve. Ela disse o que aconteceu, então o pai a levou no salão de beleza para fazer um lindo corte, oferecendo uma solução que deixasse sua filha mais tranquila.

Crédito: Facebook/Jimmy Hoffmayer

Além disso, Jimmy conversou com os funcionários do transporte escolar para que não deixassem mais a menina agressora se sentar perto de Jurnee. Porém, o pior ainda estava por vir.

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Crédito: Facebook/Jimmy Hoffmayer

Dois dias depois do ocorrido, Jurnee chegou em casa aos prantos. O pai olhou para o cabelo dela e viu que estava muito mais curto, inclusive dava para ver parte do couro cabeludo. Ele logo suspeitou da mesma menina no ônibus, mas dessa vez tinha sido mais preocupante.

Jurnee disse ao pai que foi a professora da biblioteca quem cortou o cabelo dela. “Acho que não há palavras para expressar como me senti naquele momento. Perguntei se era a mesma garota no ônibus, e ela disse: ‘Não. A professora da biblioteca cortou para mim.’ Eu não pude acreditar. Pulei no carro e fui para a escola, mas percebi que era o feriado de primavera. Não consegui encontrar ninguém, por isso chamei a polícia.”, disse Jimmy Hoffmeyer para o The Black Wall Street Times.

Depois de esperar uma semana por alguma resposta, Jimmy recebeu um pedido de desculpas de Marcy Stout, a diretora da Ganiard Elementary School. Mas, o pai logo viu que era apenas uma diplomacia, pois a escola não estava realmente preocupada com o ocorrido.

“Foi um insulto. A superintendente me ligou, parecendo não estar dizendo a verdade e numa fala bem breve. Ela me perguntou se nos sentiríamos bem se os professores lhe enviassem cartas de desculpas pelo correio”, disse Jimmy.

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Além das cartas de desculpas, a escola também ofereceu que alguém ficasse o tempo todo de olho em Journee para evitar ataques. Ou seja, educar as demais crianças sobre como é errado ter preconceito estava fora de questão.

Crédito: Facebook/Jimmy Hoffmayer

O pior de tudo é que a pequena Journee foi psicologicamente afetada pelos ataques que sofreu e agora a família precisa mantê-la em tratamento para que consiga lidar com a situação e voltar a ser a menina alegre de antes.

“Tivemos que levá-la ao médico porque ela tem comido muito pouco. Ele está tendo problemas para dormir e sempre quer estar conosco. E tudo isso aconteceu porque seus cabelos não se pareciam com o que ele pensavam que deveria ser, não atendia aos padrões. Se você ver fotos dela antes de isso acontecer, você pode notar a sua alegria e sua energia. Agora tudo isso sumiu”, finalizou o pai.

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