A notícia de que um câncer de mama se instalou é assustadora e até traumática para as famílias. Agora, imagine se depois de fazer todo o doloroso tratamento, você descobrisse que era erro médico? Foi exatamente o que aconteceu com Sarah Boyle.
O câncer de mama é o que mais acontece no país, representando 28% dos casos diagnosticados, segundo dados do Ministério da Saúde. Ele começa a ser mais propício a partir dos 35 anos de idade e as chances vão aumentando à medida em que o tempo passa. Porém, é a partir dos 50 anos que sua incidência aumenta de fato.
O tratamento é relativamente longo e pode incluir doses altas de medicamentos, que trazem muitos efeitos colaterais. De acordo com o Ministério, entre eles estão as “mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos”.
Com apenas 25 anos – longe dos 35, quando as chances de desenvolver a doença aparecem – ela foi diagnosticada com câncer de mama. Além disso, tinha um filho pequeno e uma vida inteira pela frente, com sonho de uma família numerosa. Porém, ela foi informada de que tinha um caso raro e agressivo da doença. Conheça sua história.
Retirou o seio, mas não tinha câncer
Sarah Boyle vive na Inglaterra com sua família, se recuperando de um trauma que ainda afeta seu dia a dia. Ela foi diagnosticada erroneamente com tumor triplo negativo, o câncer de mama mais agressivo e que mata até 40% das pacientes. Por isso, ela teve que se submeter a um tratamento pesado, com radioterapia, quimioterapia e remoção das duas mamas.
Passado o tratamento e diagnosticada a “cura”, ela continuou a vida, porém com medo de não conseguir mais engravidar. Infelizmente, a infertilidade pode ser uma das sequelas do tratamento. Porém ela conseguiu e está com seu bebê de colo hoje, outro menino para acompanhar sua jornada. Em seu coração, ela fica triste por não poder amamentar, como fez com o primeiro.
Um dia ela recebeu a notícia de que o Hospital Universitário Royal Stoke cometeu um erro e que ela não tinha nenhum câncer, mesmo antes do tratamento. Isso aconteceu um ano depois, quando seu corpo já tinha sido alterado e bombardeado. Ela contratou advogados para lidar com a situação e quer fazer com que o hospital evite erros do tipo, evitando novos traumas desnecessários.
Sintomas de câncer de mama
O Ministério da Saúde lista os principais sintomas de câncer de mama, lembrando que não há a necessidade de que todos estejam presentes. Alguns tipos de câncer apresentam sinais distintos, então se o corpo apresentar qualquer sintoma, vá a um médico de confiança. Além disso, você deve sempre fazer o autoexame para detectar qualquer mudança, ainda no início, se houver. Veja quais são os principais sintomas de câncer de mama:
- Pele de casca de laranja: ela apresenta uma textura como a da casca de laranja, com pequenos inchaços na pele;
- Retração: em alguma parte do seio, a pele pode se retrair, formando uma leve depressão;
- Dor: uma dor estranha, localizada em um ponto ou a realizar movimentos, seja no seio ou nas axilas;
- Inversão do mamilo: o mamilo acaba se retraindo e ficando para dentro do seio;
- Dilatação das artérias: o local fica avermelhado e com congestão e dilatação dos vasos locais;
- Descamação ou ferida: o mamilo pode apresentar descamação ou aparecerem feridas nos mesmos;
- Secreção: ela pode ser transparente, rosada ou até avermelhada.
Ao detectar qualquer um desses sinais, mesmo que isolado, procure ajuda médica imediata. É melhor pecar por excesso do que ter a chance de descobrir tarde demais.