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Entregadores confessam que provam a comida dos clientes

Um em cada quatro entregadores assumem já ter beliscado a comida que transportam

Crédito: Freepik

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De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), o mercado de alimentos delivery vem apresentando um crescimento muito rápido. Somente nos pedidos realizados por aplicativos são mais de 1 bilhão de reais por mês, no país. Isso representa um crescimento de 12%, movimentando um bom montante anualmente.

Para a instituição, há uma previsão de crescimento para esse ano, sendo que o faturamento poderá fechar com um incremento de até 10%. Além de fazer com que o mercado movimente mais dinheiro, o delivery também aquece o mercado de trabalho. O ramo tem uma previsão de aumentar em 5% a quantidade de pessoas empregadas, para acompanhar o crescimento.

É uma mão de obra que varia desde a mais especializada, seja em determinado tipo de culinária ou gestão, além de pessoas para montar e entregar os pedidos. E é exatamente esse crescente número de entregadores o foco dessa pesquisa, realizada nos EUA. Para o espanto de muitos, ele mostra que 1 entre 4 entregadores, prova a comida antes de dar para o cliente.

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Entregadores podem ter provado a sua comida

Se você já pediu delivery quatro vezes, há grandes chances de ter uma batatinha faltando no pacote. Claro que isso é somente uma constatação matemática, mas talvez você nunca saberá. Ao menos é o que indica um estudo realizado pela US Foods. Em pesquisa encomendada por uma empresa do ramo, foi constatada uma realidade difícil de acreditar, mas que muitos suspeitavam.

De acordo com os dados obtidos tanto com clientes quanto com os entregadores, cerca de 28% dos trabalhadores assumiu já ter provado alimentos da entrega. Entre os clientes, a quantidade de pessoas que reclamaram de violação nos pedidos é de 17%. Entre os pesquisados, estavam pessoas com média de 31 anos, que faziam compras em aplicativos de delivery.

Quando questionados se isso era aceitável, foi respondido que absolutamente não. A escala indicava 1 para absolutamente aceitável e 10 para completamente inaceitável. A média foi de 8,4, mostrando que o cliente realmente se importa com o fato e não quer ter suas batatinhas ou outros alimentos remexidos.

Quando questionados do porquê eles pegavam parte do alimento a ser consumido pelo cliente, a empresa descobriu um dado interessante. Mais de 50% dos entregadores confessou ficar muito tentado com o cheiro da comida. Levando em consideração que eles trabalham em diversas empresas, pode ser que não tenham tempo para parar e cuidar da própria alimentação.

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Como solução, as empresas poderiam fazer embalagens invioláveis, para assegurar uma maior qualidade e higiene para os clientes. Estima-se que 85% dos clientes aprovam essa ideia. Receber alimentos já mexidos não está correto, independente da causa. Com relação aos entregadores, poderia-se estender o direito a uma cota ou desconto nos alimentos, como se faz com os funcionários fixos.

Essa iniciativa certamente faria a alegria dos seus colaboradores, gerando uma relação mais próxima, trazendo resultados positivos para ambas as partes. Ganha o entregador, que vai ter acesso ao alimento que tanto o tenta; a empresa, que vai ter cliente e colaborador mais satisfeitos, com maior retorno; e claro o cliente, com seu alimento intacto.

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