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“Engole o choro”: por que nunca deve-se dizer isso aos filhos?

Veja quais são as consequências de reprimir emoções e como substituir essa expressão

Crédito: Freepik

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Geralmente, quando os pais dizem para os filhos a desgastada frase “engole o choro” é porque ouviram muito isso quando eram pequenos e a frase ficou enraizada em sua memória como uma forma de educar.

“Engole o choro” representa a falta de paciência e de tolerância dos pais, por dois motivos principais: não querer ouvir o som “irritante” do choro da criança e achar que meninos de verdade não choram.

Nunca diga ao seu filho para engolir o choro

Muitas vezes, dizer “engole o choro” é automático, e os pais não param para refletir sobre como isso afeta a inteligência emocional do filho que está precisando expressar suas emoções.

Não se dão conta do quanto essa e outras frases autoritárias e ameaçadoras vão criando bloqueios emocionais que podem atrapalhar o desenvolvimento psicoemocional do filho ao longo da vida.

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Mandar uma criança engolir o choro é criar traumas psicológicos e despertar reações desequilibradas que a criança vai ter quando não souber como expressar o que sente, já que não tem a escolha de apenas chorar.

Ao proibir uma criança de chorar quando ela sente necessidade, você a faz reprimir essa emoção que vai se acumulando, mas que vai precisar ser extravasada em algum momento. É aí que os pais se deparam com:

  • Filhos implosivos ou explosivos;
  • Com dificuldade em lidar com as próprias emoções;
  • Com dificuldade em expressar seus sentimentos;
  • Com comportamento submisso ou agressivo que atrapalha sua vida social;
  • Com medo de rejeição e, por consequência, de seguir seu próprio caminho;
  • Com tendência ao isolamento e depressão;
  • Com tendência à dependência química.

Depois de tantos anos dizendo para o filho engolir o choro ou vai apanhar, ou vai ser castigado de alguma forma, os pais não entendem por que seu adolescente é revoltado, não consegue encontrar um bom emprego, não faz bons amigos, enfim, não está pronto para seguir o próprio caminho, independente e feliz, tanto na vida pessoal quanto na social e profissional.

Veja também: Atitudes dos pais que deixam as crianças inseguras

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Como substituir essa expressão?

Então, se você compreendeu o quanto as frases autoritárias e ameaçadoras, e o impedimento de expressar as emoções podem atrapalhar o desenvolvimento do seu filho, deve estar pensando como agir e o que dizer quando ele faz birra ou quando quer chorar e você fica irritado.

O que você precisa entender, em primeiro lugar, é que o choro é uma emoção tão natural e importante quanto o riso e a raiva. No momento em que seu filho tem vontade de chorar, ele precisa extravasar uma emoção, então deixe-o chorar e se acalmar, sem ameaçá-lo de forma alguma.

Quando a criança se acalmar, aí sim é hora de sentar com ela, calmamente, e conversar sobre o que aconteceu, dizer que está tudo bem chorar, mas que ele não podia ter feito tal coisa porque teria tal consequência. Estimule seu filho a refletir sobre seus atos.

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Muitos pais negligenciam a capacidade dos filhos pequenos em entender as coisas, e acham que conversar não resolve. Mas as crianças são muito mais capazes do que os adultos pensam. Dê uma chance ao seu filho. Em todas as situações, dê preferência para o diálogo e aprenda a prevenir as situações de birra que trazem o choro como consequência.

Se você manda seu filho parar de chorar porque está levando uma palmadas, aí está outro grande erro da sua parte. Nenhuma criança precisa apanhar para aprender a se comportar melhor.

Já que você se tornou pai ou mãe, tem o dever de amadurecer suas emoções e não perder a paciência com seu filho só porque ele está chorando. Você pode ser melhor do que isso, afinal, tem um ser humano aí na sua vida precisando ser guiado para se desenvolver de forma saudável e se tornar uma pessoa boa e feliz.

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Para isso, ele precisa de atenção, diálogo, compreensão, paciência e amor, sem repressão, sem agressividade. Certamente é a forma como você gostaria de ser tratado também, então, seja o melhor exemplo que o seu filho pode ter, independentemente de você ter sido criado à base de palmadas e ameaças.

Veja também: Atitudes essenciais para criar bons filhos

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