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Empresas brasileiras adotam semana de 4 dias e notam mais eficiência

Trabalhar um dia a menos é comprovadamente melhor para a qualidade dos dias de trabalho.

Imagem: Freepik

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Empresas de vários países já estão começando a adotar a semana de 4 dias de trabalho, inclusive algumas brasileiras.

Os resultados se mostram bastante satisfatórios na visão dos funcionários e dos gestores, com melhorias de eficiência, bem-estar dos trabalhadores, retenção de talentos e até aumento de receitas.

Não é uma mudança simples de se fazer, pois depende de adaptações à legislação trabalhista e à cultura organizacional. No entanto, tem tudo para ser uma grande mudança positiva no jeito de trabalhar que conhecemos atualmente.

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O que levou à mudança por parte das empresas?

A exaustão dos funcionários é um dos principais motivos. Atualmente, apesar das crises financeiras, muitos trabalhadores estão preferindo pedir demissão de seus empregos do que aturar trabalho excessivo e a exaustão física e mental.

Países como Islândia, Reino Unido, Bélgica, Nova Zelândia, Escócia e EUA já estavam experimentando o novo modelo da semana de 4 dias antes do Brasil.

A solução surgiu quando as empresas se viram diante do fenômeno da “grande debandada” (profissionais pedindo demissão) e do esgotamento profissional provocado pelo trabalho, condição oficializada na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A mudança na visão dos brasileiros

A semana de 4 dias consiste em trabalhar 32 horas semanais, mantendo mesmo salário. Claro, algumas empresas irão propor um aumento das horas diárias para compensar a ausência do 5º dia, mas a ideia fundamental é apenas reduzir a carga horária mesmo.

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Dados da plataforma de recrutamento Indeed, obtidos com exclusividade pelo Estadão, indicam que 79% dos brasileiros concordam em aumentar as horas diárias de trabalho para ter uma semana mais curta, e 84% está disposto a apoiar a empresa na implementação do novo modelo.

Isso porque, segundo a pesquisa, 61% dos trabalhadores brasileiros consideram mudar de emprego em caso de problemas de saúde mental e 74% acreditam que seriam mais produtivos em uma semana de quatro dias.

As vantagens para as empresas

É claro que a intenção das empresas vai além de deixarem seus funcionários descansarem mais e terem maior qualidade de vida, pessoal e profissional. Elas precisam ver os benefícios em números para adotarem o novo modelo de trabalho.

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O benefício começa com a retenção de funcionários, que dão preferência para uma empresa que oferece 3 dias de folga e, assim, fica mais fácil reter os talentos ao invés de perdê-los para outras empresas, mesmo quando oferecem salários maiores.

Na empresa de produtos digitais NovaHaus, essa redução da rotatividade já teve impacto nos custos. O presidente da empresa, Leandro Pires, diz que houve perda na entrega, mas não na produtividade.

Ou seja, as pessoas diminuíram a jornada de trabalho em 20%, mas deixaram de produzir somente 7%. “Todavia, essa porcentagem foi compensada com a queda da rotatividade e com um aumento de receita.”

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Com o dia a mais de folga, que no caso da NovaHaus é na quarta-feira, a empresa notou que seus funcionários estão mais felizes, faltam menos e a receita aumentou.

Fonte reportagem: Época Negócios

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