Se alguém ainda acredita que uma pessoa com Síndrome de Down não tem habilidades especiais, é porque não conheceu a história de John Cronin. Com apenas 21 anos, ele criou a marca John’s Crazy Socks, que vende meias coloridas e estilosas. A empresa abriu as portas em 2017, em Nova York, e já lucrou US$ 1,4 milhão.
A loja online do jovem John disponibiliza mais de mil opções diferentes. É possível encontrar estampas de animais, monstros e até caricaturas. Quem gostou e usou a ideia foi o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, um fã de meias estilosas.
Cada pedido feito pelo site é enviado por John com um pacote de doces e um bilhete de agradecimento escrito a mão. Mas se a encomenda estiver aos arredores de NY, ele trata de entregar as meias pessoalmente.
Empresário de personalidade
O seu pai, Mark, bastante orgulhoso com a atitude do filho, explica que o jovem é preocupado com todas as áreas do negócio. Ele afirma que John fica na linha de frente, frequentando eventos, negociando com clientes e fornecedores, além de criar campanhas para a empresa. “John é realmente uma inspiração. Ele trabalha muito nessa empresa. Nós chegamos no escritório antes de 9h e saímos, na maioria das vezes, depois de 20h“.
Equipe comprometida
Além de John, um terço dos profissionais que trabalham na “John’s Crazy Socks” também apresenta algum tipo de deficiência. “Quando converso com empresários, sempre digo a eles que é urgente que eles contratem pessoas com deficiência. Não só porque isso seria a coisa certa a fazer, mas porque eles são bons, porque todo mundo gostaria de trabalhar com bons profissionais e é isso que eles são. É uma quantidade enorme de gente que ainda não é aproveitada no mercado”, observa.
Mercado em expansão
Meias coloridas e divertidas se tornaram tendência de moda. De acordo com a empresa de consultoria Transparency Marketing Research, o mercado vem absorvendo fortemente esse nicho. Em 2016, os negócios de meias no mundo abocanhou US$ 42 bilhões.
Mark e John planejam impulsionar a empresa neste ano, com outras linhas especiais destinadas a lojas pequenas. Além disso, a dupla deseja construir um estúdio no escritório para alavancar conteúdo nas redes sociais.
E se ainda sobra dúvidas se a condição de John impede os negócios, o jovem empresário é enfático: “A síndrome de Down nunca me limitou em nada.”
