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Ela quer percorrer 12 mil quilômetros de camelo

A jovem quer fazer o percurso da Mongólia até Londres, em uma jornada que durará 3 anos

Crédito: Facebook/Baigalmaa Norjmaa

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Curioso é o mínimo que se pode dizer sobre esta história. Baigalmaa Norjmaa, um jovem aventureira de 30 anos, vivia em Ulaangom, noroeste da Mongólia, e decidiu fazer uma viagem. Ela quer percorrer 12 mil quilômetros de camelo da Mongólia até Londres. É uma jornada que vai durar, aproximadamente, três anos.

História

Baigalmaa passará pelo deserto, pela neve e por temperaturas negativas em 14 diferentes países. O seu meio de transporte é o interessante: ela pretende fazer essa jornada com um camelo.

A viagem começou em dezembro de 2017 em sua cidade natal, Ulaangom, na Mongólia, e está prevista para acabar em 2020. Até o momento, já viajou mais de 3 mil km de camelo. Ela inclusive já se tornou a primeira mulher mongol a fazer uma viagem tão longa quanto essa até o momento.

A jovem mongol vem de uma família nômade. Por isso, desde pequena ela acostumou-se a ir de um lugar para outro. Ainda muito jovem, com 16 anos, deixou a família para estudar e, logo que foi possível, voltou para o deserto, a trabalho, como guia turística. Ela é montanhista e já escalou todos os picos mongóis e alguns outros no exterior.

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O projeto para essa viagem começou quando ela soube de um australiano que viajava da Mongólia para a Hungria de cavalo, ele chamava-se Tim Cope. Ela planejou fazer essa viagem da mesma forma que os mongóis faziam na era da rota de seda, de camelo.

Baigalmaa denominou seu projeto de “Steppes to the West” (Passos para o Oeste, em português) conta com o apoio de um time. Seus companheiros de viagem são dois camelos-bactrianos. Quando sua experiência chegar ao fim, esta será considerada a maior viagem de camelos da história, pois no passado, os animais eram substituídos em determinado ponto da viagem em campos fixos. Por enquanto, seus camelos já viajaram mais longe do que a maioria dos camelos.

Em uma entrevista, Baigalmaa conta que “desde o início da minha jornada, tem havido muitos efeitos positivos: os camelos agora são populares novamente com os mongóis e as pessoas estão mais interessadas em recreação ao ar livre. Além disso, espero poder inspirar as mulheres nas áreas rurais a embarcar em seus próprios projetos futuros”. Ela ainda complementa dizendo que sua ideia foi espalhar a cultura mongol pelo mundo, compartilhando conhecimentos e capacitando mulheres a fazerem as coisas que tenham vontade.

Para esta jovem mulher, o seu maior desafio foi o inverno mongol. Houve “noites que nós dormimos em 58 graus Celsius negativos”. Você consegue imaginar o frio não é? Baigalmaa ainda conta que viajar em camelos não é simples. São animais que precisam de alimentação três vezes ao dia, constante cuidado com o bem-estar e outros detalhes.

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Neste momento, ela se encontra viajando em direção à fronteira de Khorgos, que fica entre a China e Cazaquistão. Ela vai precisar de uma autorização para entrar em Uzbequistão e Turcomenistão, por isso terá de esperar lá. Esse será o ponto de partida para a fase da Europa Oriental, o que a deixa muito entusiasmada.

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