Há muito mais para saber sobre o funcionamento do organismo humano do que as pessoas estão habituadas. É mais comum ouvir falar de sistema gastrointestinal, cardíaco e respiratório, mas nem todo mundo sabe como funciona o sistema linfático. Então, veja a seguir e conheça também as principais doenças do sistema linfático.
O que é e quais as funções do sistema linfático?
Os médicos especialistas em cirurgia vascular explicam que o sistema linfático é composto por células, vasos, tecidos e órgãos que se distribuem por todo o corpo com as funções de produzir células de defesa, além de drenar e filtrar excesso de líquido do corpo, levando-o de volta à corrente sanguínea.
Os vasculares são um dos componentes desse sistemas. Eles são vasinhos com menos de 3 mm de diâmetro que têm a função de transportar linfa pelos gânglios (ou linfonodos). A linfa é o líquido captado do extravasamento do líquido que corre no sangue e vai para o tecido ao redor das células.
Esse líquido extravasado banha as células com nutrientes que estão na sua composição, depois entra no sistema linfático, onde passa a se chamar linfa. A linfa passa através de órgãos como os linfonodos, os adenoides e o baço, captando sua produção de células de defesa, passando pelo coração e voltando para a corrente sanguínea.
Sendo assim, o sistema linfático cumpre com o papel de transportar as proteínas, líquidos e outras substâncias que saem do sangue para dentro dos vasos linfáticos. Também tem a função de ajudar na proteção contra bactérias, vírus, fungos e outros micro-organismos causadores de doenças.
Doenças que acometem o sistema linfático
As doenças linfáticas ocorrem por diferentes causas. Entre as principais estão a congênita (quando a pessoa nasce com o problema), a infecciosa, pós-radioterápica, depois de alguns tipos de cirurgia e por consequência de tumores. Essas doenças são as seguintes:
Erisipela
A erisipela é uma infecção de pele causada por bactérias que já vivem naturalmente na pele humana. Porém, em pessoas com problemas com a má circulação da linfa pelo corpo. Essa má circulação aumenta o risco de feridas, rachaduras e micoses, especialmente nos pés e pernas, servindo de porta de entrada para as bactérias.
Ao entrarem no sistema linfático defeituoso, essas bactérias vão causar a infecção que vai resultar em inchaço, dor e vermelhidão na região afetada. Pode também causar os sintomas gerais de infecção que são febre alta, mal estar geral, náuseas e vômito.
Os cuidados para solucionar a erisipela são a administração de antibióticos e cuidados com o machucado que permitiu a entrada das bactérias para que ele não fique inflamado e causando mais problemas.
Filariose
Essa doença é popularmente conhecida como elefantíase. É uma doença infeciosa causada por um parasita transmitido por mosquitos. Eles ocupam e obstruem vasos e linfonodos causando um grande inchaço por dificultar seu funcionamento normal de linfa.
A infecção causa febre alta, dor e cabeça, dor muscular, reação alérgica, intolerância à luz, coceira pelo corpo, aumento dos gânglios linfáticos e inchaço. Se não for tratada, os parasitas crescem no sistema linfático e o inchaço pode se tornar crônico, junto com o espessamento da pele, semelhante à pata de um elefante.
O tratamento é feito com medicamento antiparasitário orientado por um infectologista. Em alguns casos é necessário também fazer cirurgia para correção do sistema linfático.
Lesões na circulação linfática
A capacidade de o sistema linfático drenar a linfa para o seu interior pode ser afetada por pancadas, procedimentos cirúrgicos e tratamentos fortes como a radioterapia. Com sua capacidade prejudicada, ocorre o linfedema que é o inchaço, pois a linfa se acumula nos tecidos moles do corpo. Com isso, o sistema de defesa do organismo também é afetado, pois a linfa não transportará as células de defesa da forma correta.
Doenças do sistema linfático resolvem com desintoxicação?
Os médicos vasculares afirmam que as pessoas que levam uma vida saudável não têm necessidade de fazer as tais desintoxicações do organismo com bebidas caseiras. O sistema trabalha perfeitamente sozinho, em especial quando a pessoa é ativa, pois assim ela ajuda a linfa a circular melhor e chegar ao seu destino.
Já para quem sofre com problemas linfáticos diagnosticados pelo médico terá de fazer o tratamento recomendado, não se tratarem sozinhas.
O que se pode fazer, depois de passar por uma avaliação de um especialista, é a drenagem linfática. Esse procedimento ajuda a linfa a circular melhor pelos vasinhos e cumprir seu papel com mais eficiência. Mas se houver um defeito que a impede de circular corretamente é necessário primeiro consultar um cirurgião vascular.