Outro nome para a doença de Buerger é tromboangeíte obliterante. Essa doença afeta principalmente os homens fumantes, com idade entre 20 e 45 anos. A quantidade de cigarros fumados por dia é um fator de risco, pois a doença se manifesta devido à alta taxa de toxinas do cigarro na circulação sanguínea. Mulheres também podem ter a doença, assim como homens acima dos 45 anos.
Sintomas da doença de Buerger
O que caracteriza a doença de Buerger é uma inflamação das artérias e veias nas pernas e pés, braços e mãos. O paciente nota mudanças de temperatura e de coloração na área afetada, podendo ficar esbranquiçada ou arroxeada, devido à redução do fluxo de sangue. Além disso, o paciente pode ter:
- Alterações da pele nas zonas afetadas com formação de úlceras;
- Dores ou cãibras nos pés e nas mãos;
- Inchaço nos pés e tornozelos;
- Mãos e pés frios.
Tem cura?
Não existe cura para a doença de Buerger, mas existem tratamentos que amenizam os sintomas e previnem que a inflamação piore. Para isso, o primeiro e mais importante passo é que o paciente deixe de fumar.
O que pode acontecer se não tratar?
Além do constante incômodo com a temperatura fria e a dor nas partes afetadas, existe o risco de gangrena, ou seja, apodrecimento do membro por falta de circulação e excesso de toxinas. Com isso, precisa ser feita a amputação do membro.
Como é o tratamento?
O paciente que começar a sentir os sintomas da doença de Buerger deve procurar seu clínico geral ou cardiologista para fazer exames. A primeira recomendação do médico é que o paciente abandone o cigarro.
O tratamento para largar o vício não deve ser feito com adesivos ou remédios que contenham nicotina, pois é essa substância que agrava a doença. Os remédios usados, caso sejam necessários, devem ser sem nicotina.
Além desse cuidado, o paciente deve adotar outros cuidados em sua rotina:
- Elevar a cabeceira da cama cerca de 15 centímetros para facilitar a circulação sanguínea;
- Evitar expor a região afetada ao frio;
- Cuidar para não fazer feridas por frio ou calor;
- Evitar remédios ou bebidas com cafeína, pois provocam estreitamento das veias;
- Fazer caminhadas de 15 a 30 minutos 2 vezes por dia;
- Não utilizar substâncias ácidas para tratar verrugas e calos;
- Proteger os pés com ligaduras almofadadas ou utilizar botas de espuma;
- Utilizar sapatos fechados e pouco apertados.
Se o paciente não estiver com a veia afetada completamente bloqueada, pode ser possível fazer uma cirurgia de bypass ou retirada de nervos para melhorar a circulação.
Fazer fisioterapia, pelo menos duas vezes por semana, também é importante para melhorar a circulação.