DIU significa Dispositivo Intrauterino. Ele é pequeno, mais ou menos do tamanho de um dedo mindinho, num formato de T bem fino, e é colocado dentro do útero pelo médico ginecologista, no consultório.
Usar DIU é uma opção segura para muitas mulheres que desejam ter um método contraceptivo, mas não se lembram de tomar a pílula. Também para as que não podem usar hormônios ou outras condições específicas, pois existem diferentes tipos de DIU.
Se você está na dúvida sobre usar esse método, a primeira coisa a fazer é agendar uma consulta com seu ginecologista. Mas, por enquanto, fique sabendo de informações importantes sobre esse dispositivo para ajudar na sua decisão.
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Quais são os tipos de DIU?
Existem quatro tipos: sem hormônios, que são o de cobre e o de cobre e prata, e os com hormônios, que são o Mirena e Kyleena.
Como funciona o DIU sem hormônio?
Os tipos de DIU sem hormônio são o de cobre e o de cobre com prata. Eles têm esse nome porque sua haste é revestida com um fio de cobre ou de cobre com prata. O de cobre tem 99% de eficácia e o de prata tem 99,4%, evitando gravidez.
As funções do cobre são duas. Uma delas é alterar o muco cervical, deixando-o espesso para diminuir a mobilidade dos espermatozoides. A outra função é alterar o fluido dentro da tuba uterina, dificultando o transporte do espermatozoide até a tuba e, assim, impedir a fecundação.
No caso do de prata, tem ainda uma função extra que é alterar a fragmentação do cobre dentro do útero para diminuir o processo inflamatório que ele causa. Assim, também diminuem as cólicas e a menstruação.
Para quem são recomendados?
Apenas o ginecologista poderá falar sobre qual DIU é recomendado para cada caso em específico.
Mas, de modo geral, os DIU sem hormônios são vantajosos para as mulheres que não podem fazer uso de hormônios, como no caso de câncer de mama e trombose.
Também é melhor do que os hormonais porque não interagem com medicamentos, com anticonvulsionantes e antibióticos.
Como funciona o DIU com hormônio?
Os dois tipos de DIU hormonais são o Mirena e o Kyleena. Estes tipos não têm o fio de cobre nem de prata. O que eles têm é uma substância chamada levonorgestrel, que é uma versão sintética do hormônio progesterona produzido pela mulher.
Eles podem ser usados durante 5 anos, depois precisa trocar por um dispositivo novo. A eficácia contra gravidez é de 99%.
A diferença de um para o outro é que o Kyleena é menor e tem menos hormônio. Mas, em comum, eles têm o funcionamento.
O levonorgestrel é liberado dentro do útero e atua tanto no muco cervical quanto no endométrio (camada interna do útero).
Ele age impedindo o espessamento do endométrio e tornando o muco cervical espesso, o que dificulta a movimentação do espermatozoide e, consequentemente, a fertilização do óvulo.
Para quem são recomendados?
Esses dois tipos de dispositivo também podem diminuir o fluxo menstrual e as cólicas. O Mirena pode ser usado como reposição hormonal na menopausa e como medicamento para mulheres com endometriose.
O Kyleena tem menos hormônios, então, não mexe com fluxo menstrual da mesma forma que os outros tipos. É ideal para as mulheres que não querem deixar de menstruar e não costumam ter sintomas de TPM.
DIU causa queda de cabelo?
Já falamos aqui sobre o caso de uma mulher que teve alopécia areata depois de colocar DIU Mirena (com hormônio), mas ficou anos sem saber a causa do problema, com várias partes da cabeça sem tufos de cabelo. É um caso raro, mas o risco existe, e o problema se resolve removendo o dispositivo.
Dói para colocar?
Como o dispositivo é inserido para dentro do útero, é um procedimento que causa desconforto. Algumas mulheres, mais sensíveis, podem sentir bastante dor. Nesses casos é possível obter alívio com algum anestésico leve, dado pelo médico.
Precisa voltar no médico depois?
Depois de colocar o DIU, a mulher já pode voltar às atividades normais. Deverá voltar ao médico em 30 dias para uma avaliação.
Um desconforto durante os primeiros dias é normal, mas se sentir que algo está errado, deve voltar o quanto antes ao ginecologista.
Quanto custa colocar DIU?
Depende da cidade, da clínica e do tipo de DIU. Para ter uma ideia, O DIU Mirena é bem mais caro que o de cobre. Somente o dispositivo custa, em média, R$ 700, podendo chegar a R$ 1 mil conforme a marca.
A colocação é com pagamento à parte. Não há oferta desse procedimento pelo SUS, mas a maioria das planos de saúde cobre total ou parcialmente, tanto o custo do dispositivo quanto do procedimento.
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Artigo com informações de Clínica Mulhera