O DIU Mirena é um dos métodos contraceptivos com hormônios. Ele é recomendado para quem pode tomar pílula, mas sempre esquece. Sua função é liberar levonorgestrel, hormônio que atrofia o tecido interno do útero, dificultando a fecundação. Junto com o DIU de cobre, que não é hormonal, são considerados métodos de longa duração, reversíveis e altamente eficazes.
Como funciona?
O DIU é um Dispositivo Intra Uterino, ou seja, que é colocado dentro do útero pelo médico ginecologista, no consultório. A mulher irá escolher, junto com o médico, essa opção como a melhor para ela. Então, assim que for colocado, o dispositivo começará a liberar uma pequena dose de levonorgestrel dentro do útero, alterando o seu revestimento e dificultando a chegada dos espermatozoides até as trompas. Logo, não tem como ocorrer a fecundação.
A mulher pode usar esse DIU por até 5 anos. Depois dos primeiros 30 dias, ela deve voltar ao ginecologista para ver se o dispositivo continua no mesmo lugar e se adaptando bem. No caso do Mirena, alguma mudança de lugar não vai impedir que ele funcione, pois vai liberar hormônio do mesmo jeito. Porém, se for o DIU de cobre, uma mudança de lugar pode fazer ele não ter efeito e acabar acontecendo uma gravidez.
Mesmo o DIU Mirena sendo um pouco mais eficaz que o de cobre, precisa ir ao médico depois dos primeiros 30 dias e continuar indo a cada seis meses para fazer revisões. Essa é a melhor forma de evitar que o método falhe, já que ele tem 99% de eficácia, mas pelo menos 2 em cada mil mulheres vai engravidar usando qualquer um deles.
Vantagens
Além do fato de ser um dos mais seguros e eficazes métodos contraceptivos, ele tem outras vantagens:
- Libera uma dose baixíssima de hormônio por dia;
- Pode ser usado a partir dos 14 anos de idade, desde que tenha vida sexual ativa;
- Recomendado para tratar outros problemas ginecológicos, como endometriose;
- Interrompe a menstruação;
- Dentro de um mês após a retirada é possível engravidar normalmente;
- Não piora a libido, como costuma ocorrer com a pílula que tem testosterona.
Efeitos colaterais
Por conta de oferecer uma dose hormonal mais baixa do que os outros contraceptivos com hormônios, seus efeitos colaterais são igualmente baixos.
- Embora interrompa a menstruação, escapes podem ocorrer;
- Uma pequena parcela de mulheres não se adaptam e preferem retirar;
- Pode haver sangramento nos primeiros meses e cólicas nos primeiros dias;
- 85% das mulheres continua ovulando e tendo uma menstruação cíclica, em quantidade bem reduzida, porque a dose hormonal é muito baixa;
- Não tem como saber quais serão os efeitos colaterais antes de colocar;
- Pode não funcionar bem em mulheres com sintomas de TPM muito intensos;
- Pode piorar a pele, quando a mulher que tomava pílula coloca Mirena, pois era a pílula que fazia a pele ficar mais bonita, sem acne.
Quanto custa?
O DIU Mirena é bem mais caro que o de cobre. Somente o dispositivo custa, em média, R$ 700, podendo chegar a R$ 1 mil conforme a marca. A colocação é com pagamento à parte. Não há oferta desse procedimento pelo SUS, mas a maioria das planos de saúde cobre total ou parcialmente, tanto o custo do dispositivo quanto do procedimento.
DIU Mirena engorda?
Os anticoncepcionais de modo geral não engordam. Algumas mulheres que têm tendência à retenção de líquidos é que acabam se sentindo mais inchadas.
Mesmo que os anticoncepcionais com hormônios fossem responsáveis por aumento de peso, nesse caso praticamente não haveria efeito nesse sentido dada à baixíssima quantidade de hormônios que libera por dia.
Como é colocado?
Para colocar o DIU Mirena a mulher deve agendar uma consulta com o ginecologista. Ela irá combinar com ele, antecipadamente, se irá comprar o dispositivo na farmácia ou se o médico já tem no consultório.
O procedimento é simples e rápido, mas precisa ser feito pelo médico, pois o dispositivo é encaixado em um local específico dentro do útero. Mulheres mais sensíveis vão sentir um desconforto um pouco maior do que ao fazer o exame papa-nicolau, mas costuma ser bem tranquilo.
Depois de colocar o DIU, a mulher já pode voltar às atividades normais. Deverá voltar em 30 dias para uma avaliação. Um desconforto durante os primeiros dias é normal, mas se sentir que algo está errado, deve voltar o quanto antes ao ginecologista.