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Cearense distribui panfletos à procura da mãe

Se você tem um sonho, faça o que tiver ao seu alcance, no momento presente, para realizá-lo

Crédito: Arquivo pessoal

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Essa história é parecida com aquela que virou o filme Lion – Uma Jornada para Casa. Mas, aconteceu no Brasil. O menino Carlos da Silva tinha só cinco anos de idade quando saiu fugido de casa após presenciar a mãe ser agredida pelo padrasto.

Carlos foi até o terminal rodoviário de Juazeiro do Norte/CE, onde morava, e se escondeu dentro de um ônibus. Lá ele adormeceu, e quando acordou estava Fortaleza, sozinho, sem saber como voltar para casa.

O menino chegou a Fortaleza em 1993 e lá ficou durante os 27 anos seguintes. Ele passou por vários abrigos  e viveu pelas ruas da capital até chegar à Associação Beneficente Pequeno Nazareno, em Maranguape, na Grande Fortaleza. Lá ele foi adotado pelo fundador da Associação, o ex-frei alemão Bernardo Rosemeyer.

Mas Carlos nunca perdeu a esperança de um dia voltar para sua família biológica. Então, depois de todo esse tempo, um amigo lhe deu a ideia de fazer panfletos com informações e espalhar pela cidade.

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Nesse panfleto Carlos colocou seu nome, o nome da mãe, do irmão, do tio, uma foto sua antiga e outra atual. O título era “Procuro a minha Mãe”. Com o material pronto, Carlos e o amigo começaram a distribuir por tudo que era canto.

Crédito: Arquivo pessoal

Um dos locais em que eles deixaram alguns panfletos foi no Hotel Municipal de Araripe, e foi lá que um enfermeiro pegou um e guardou.

“Eu não sei por que motivo perdi o papel, mas quando eu estava jantando e abri o celular, tinha o mesmo panfleto no Facebook, aí eu fui ler com atenção”, lembra o enfermeiro Clécio, que disse ser irmão de Carlos.

Clécio ligou para o telefone que estava no panfleto e conversou com Carlos como se fosse seu irmão. Disse que tinha nascido depois que o irmão já estava desaparecido, mas que a mãe falava muito sobre esse outro filho.

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Carlos contou à reportagem do G1 que ficou muito emocionado e ansioso para finalmente conhecer a família. O problema é que, dias depois, o homem que disse ser seu irmão lhe enviou um áudio admitindo que havia mentido. O homem diz “não saber o motivo” de ter inventado a história.

Agora Carlos continua na busca pela sua família verdadeira.

Com informações de G1

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