Até um certo ponto, é normal nos preocuparmos com a nossa aparência. Isso acontece com mais intensidade na adolescência e no início da vida adulta, quando somos muito impactados pela opinião dos outros e pelo padrão estético que é mais valorizado na sociedade. É neste cenário que muitas pessoas desenvolvem a dismorfia corporal.
O que é dismorfia corporal?
A dismorfia corporal é um transtorno psicológico no qual existe preocupação excessiva pelo corpo, ao ponto de prejudicar a autoestima e os relacionamentos com família, amigos e outras pessoas.
Na maior parte dos casos a preocupação é com pormenores do rosto, como o tamanho do nariz, das orelhas, as sardas ou a acne, por exemplo. A pessoa sobrevaloriza pequenas imperfeições ou imagina imperfeições que nem existem.
Esse transtorno pode acontecer com homens e mulheres, sobretudo os mais jovens, e é influenciado por fatores genéticos e ambientais.
O fator genético é a característica que a pessoa considera um defeito. E o fator ambiental é o que faz ela acreditar que sua característica é um defeito.
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Sintomas do transtorno
Cada pessoa pode lidar de forma diferente com a dismorfia corporal. Mas, existem alguns padrões que comportamento que podem ser notados:
- Ter baixa autoestima;
- Demonstrar preocupação excessiva com determinadas partes do corpo;
- Estar sempre se olhando no espelho ou evitar completamente o espelho;
- Dificuldade para se concentrar em outras coisas do dia a dia;
- Evitar a vida social.
Diagnóstico
Para quem convive com uma pessoa com dismorfia corporal, pode ser difícil compreender o que ela sente, pois o que ela considera um grande defeito no seu corpo, pode ser o que os outros vão achar de mais interessante.
Então, esse transtorno precisa ser tratado por um psicólogo ou psiquiatra, assim que a pessoa tiver consciência de que não está vivendo em paz consigo mesma e precisa de ajuda.
O profissional fará uma avaliação na primeira consulta, conversando e observando o comportamento do seu paciente para chegar ao diagnóstico.
Dentro da dismorfia corporal podemos ramificar dois tipos: a dismorfia associada a transtornos alimentares, como a anorexia ou a bulimia, e o transtorno dismórfico muscular, também conhecido como vigorexia, que é caracterizada pela insatisfação constante da pessoa com a sua aparência muscular.
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Tratamento para dismorfia corporal
Depois do diagnóstico, é importante que a pessoa siga as recomendações do profissional para buscar um tratamento multidisciplinar, não apenas psicológico e psiquiátrico. Por exemplo, quando está associado a transtornos alimentares, é importante também começar a consultar um nutricionista para ajudar a equilibrar a alimentação.
Quanto ao tratamento psicológico em si, geralmente a dismorfia corporal é tratada com sessões de terapia cognitivo-comportamental, que consiste na forma como a pessoa processa e interpreta as situações que podem gerar sofrimento.
Além disso, pode ser necessário tomar antidepressivos e ansiolíticos, prescritos pelo psiquiatra, para ajudar a diminuir os comportamentos obsessivos associados à dismorfia corporal.
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