A diabetes gestacional pode acontecer com mulheres que não têm predisposição para ter diabetes. Inclusive, pode surgir mesmo tomando cuidado com a alimentação. Por isso, cada caso precisa ser avaliado pelo obstetra e por um nutricionista para definir a melhor dieta para diabetes gestacional a cada mulher.
O que causa diabetes gestacional?
Se até as gestantes que cuidam da alimentação e não têm predisposição a essa doença podem desenvolvê-la, o que causa a diabetes gestacional?
Acontece que, quando a gestante chega ao terceiro e último trimestre da gravidez, ela precisa comer mais carboidratos para fornecer quantidades ideais de glicose para o bebê e, ao mesmo tempo, acontece a regulação da glicemia pela insulina.
O problema é que os hormônios da gravidez desequilibram esse processo. No caso das mulheres que desenvolvem a doença, é porque os hormônios dificultam a produção de insulina pelo pâncreas, o que faz com que exista maior quantidade de açúcar no sangue (glicemia), resultando no desenvolvimento da diabetes.
Existe um grupo de risco?
Claro que cada caso é um caso, e não se pode afirmar que uma gestante vai ter diabetes gestacional porque tem certas características. Só que existe um grupo de risco que apresenta maior propensão à doença, se não se cuidar muito bem.
Esse grupo é composto por grávidas que têm mais de 35 anos, que tenham sobrepeso ou obesidade, baixa estatura, síndrome do ovário policístico ou acúmulo de gordura na região abdominal.
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Dieta para diabetes gestacional
Como viu no tópico sobre a causa da doença, é importante ter cuidado com o que come, evitando excessos que provoquem o acúmulo de glicemia no sangue.
Esses cuidados têm o objetivo de manter um baixo índice glicêmico no sangue, diminuindo a velocidade de absorção de açúcar.
Não existe uma dieta padrão que serve para todas as mulheres, pois cada organismo tem necessidades diferentes. Mas, existem cuidados com a alimentação que podem ser tomados sempre.
O que pode comer?
- Carnes magras: sem pele e sem gordura aparente: peixes, frutos do mar, frango, ovo e tofu;
- Cereais integrais: arroz integral, pão integral, quinoa, amaranto, aveia e milho;
- Frutas frescas: banana, laranja, pera, pêssego, tomate, maçã, kiwi, ameixa e morango;
- Laticínios com pouca gordura: leite semidesnatado ou desnatado, iogurte natural semidesnatado ou desnatado e queijos brancos, como ricota, minas ou cottage;
- Leguminosas: soja, grão-de-bico, feijão, lentilha, amendoim e ervilha;
- Oleaginosas: castanha-de-caju, nozes, avelãs e amêndoas;
- Óleos vegetais: azeite, óleo de abacate e óleo de linhaça;
- Sementes: chia, linhaça, gergelim, abóbora e girassol;
- Legumes e verduras: alface, rúcula, cebola, vagem, chuchu, brócolis e abobrinha;
- Batata: só do tipo yacon.
O que deve ser evitado?
- Alimentos de alto índice glicêmico: bolo, pão branco, biscoitos, cereais matinais, farinha de mandioca, melancia, uva e melão;
- Alimentos doces: sorvete, açúcar, mel, rapadura, chocolate, geleias, frutas cristalizadas ou em calda, sucos de caixinha e refrigerantes;
- Alimentos ricos em gordura: manteiga, frituras, banha de porco, leite e iogurte integrais e biscoitos doces e salgados.
- Carnes processadas: presunto, salsicha, bacon, carne seca e salame;
- Tubérculos: batata, aipim, inhame e batata-doce.
As dicas desse artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e precisa de uma dieta individual.
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