Na visão dos brasileiros, os japoneses são pessoas inteligentes, bem educadas e produtivas. Mas como será que os pais japoneses criam seus filhos para serem assim? O que a educação japonesa cultiva para que os filhos não sejam preguiçosos? Veja essas dicas.
1. Proximidade de mãe e filho
Até os 5 anos de idade, as crianças japonesas têm liberdade para conhecer o mundo à sua volta e cometer erros, já que estão numa fase de descobertas totalmente inocentes. Os japoneses seguem o princípio “ikuji” (quando a criança “primeiro é deus, e depois criado”), que diz que tudo é permitido para uma criança menor de 5 anos.
Você pode pensar que seu filho se tornaria mimado e birrento se o deixasse fazer o que quisesse, mas as mães japonesas não veem dessa forma. Elas não reclamam, não são rigorosas, não pressionam as crianças. São gentis, suaves, guiam o filho pelo caminho certo para que ele crie a noção de que é uma pessoa boa e amada.
2. Sistema Ikuji
Como já mencionado, a criação dos filhos no Japão segue o sistema Ikuji, no qual, até os 5 anos a criança é deus, dos 5 aos 15 é um criado e, a partir dos 15, é um igual.
A intenção desse sistema é criar uma criança emocionalmente forte, depois um adolescente que entende sua importância como membro de uma sociedade coletiva, onde os interesses pessoais ficam em segundo plano e o jovem busca seu lugar sem subestimar seu valor.
Quando ele completa 15 anos e passa dessa fase, se torna um igual, que já aprendeu a respeitar os seus semelhantes e a nunca pensar que é melhor do que ninguém.
3. Famílias unidas
A mãe japonesa é a principal responsável pela criação dos filhos, e não o pai. Geralmente, até os 3 anos de idade, a mãe fica somente aos cuidados da mãe. Ao mesmo tempo, a criança mantém contato com seus avós e outros parentes para aprender sobre o valor de suas gerações familiares, inclusive, sobre valorizar a sabedoria dos mais velhos. Há sempre algo novo para aprender e exemplos de produtividade a seguir.
4. Dar o exemplo
Ao invés de apenas explicar aos filhos como fazer uma atividade e depois mandá-los fazerem sozinhos, as mães japonesas primeiro mostram o passo a passo de como é que se faz e depois pedem que seus filhos sigam o exemplo.
Essa é a forma mais didática e literal de ser o exemplo para o filho. Se ele seguir o exemplo e não conseguir fazer a atividade, a mãe vai, pacientemente, dar o exemplo outra vez até que seu filho consiga. Sugerir e mostrar o que deve ser feito é mais eficaz do que dar uma ordem sem exemplo de como fazer, deixando a criança com preguiça de tentar.
5. Os sentimentos importam
Para ensinar aos filhos sobre empatia, ou seja, se colocar no lugar do outro e respeitar seus sentimentos, as mães japonesas valorizam muito os sentimentos de seus filhos, das outras pessoas e até dos objetos.
Quando uma criança quebra um brinquedo, a mãe lhe diz como aquele brinquedo ficou triste por ter sido quebrado. Elas acreditam que esse método é mais eficaz do que brigar com a criança e castigá-la, sem nem mencionar os sentimentos que estão presentes na atitude da criança em quebrar o brinquedo.
Quando a criança está envolvida com os sentimentos dos outros, inclusive os da mãe, a quem ela quer sempre seguir e ter aprovação, não há espaço para preguiça, pois as coisas têm uma razão para ser e, a cada tarefa feita, vem o reconhecimento.