Neste artigo, partilhamos a opinião do psiquiatra, Dr. Augusto Cury, sobre a ansiedade infantil e os desafios dos pais e da escola em educar uma criança, nos tempos atuais. Os seus livros têm feito um sucesso tremendo, sobretudo um intitulado de Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século.
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Triste geração
Segundo o doutor, é necessário ensinar as crianças a contemplar as coisas lindas da vida e a sentirem prazer pelas pequenas coisas. Esta geração aparenta tristeza e os nossos filhos vivem grudados no videogame, quando há um mundo para explorar. Ao serem muito estimulados pelo consumo e pelas exigências modernas, estão a tirar pouco proveito, pois a intolerância começa a moldar a personalidade deles. É assustador, mas as taxas de suicídio têm crescido, alerta o psiquiatra.
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Felicitações
Os pais e os educadores devem felicitar as crianças mesmo por pequenos feitos, ao invés de basearem as suas chamadas de atenção apenas na crítica. As conquistas das crianças devem ser celebradas e enaltecidas. Críticas frequentes e à toa só vão causar problemas na personalidade de seus filhos, afirma o Dr. Augusto Cury.
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Estímulos vs conhecimento
De acordo com o autor, a tecnologia tem colocado as nossas crianças expostas a estímulos constantes, mas isso não significa algo bom. Os pensamentos e as capacidades sócio-emocionais saem perdendo. Portanto, fica difícil as crianças saberem expor ideias, agradecerem, terem atitudes racionais e pensarem em suas ações previamente. É necessário ensinar os seus filhos a controlarem a ansiedade e a exporem as suas outras emoções.
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Brincar é preciso
É necessário uma criança ter acesso a brincadeiras, sobretudo, espontâneas e criativas. Ter um dia muito carregado de atividades não é o mais aconselhável. Logo, viver a infância é fundamental. As informações em excesso, nem sempre significam conhecimentos. Mais, é importante limitar as horas de televisão e computador, diz o doutor.
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Empatia pais/filhos
Os pais devem entrar no mundo dos seus filhos e entendê-los, formando uma sintonia e uma interação saudável, alerta o psiquiatra. Não pratique tudo de acordo com os manuais tradicionais de educação. Uma relação distante não educa nem cria companheirismo com seu filho.
Deste modo, dar-lhe tempo é muito importante. Criar emoções com o seu filho é o caminho acertado para estabelecer uma boa relação com ele. Contudo, a educação escolar também precisa de uma nova adaptação, que passe menos pela lógica e mais pela emoção, finaliza o Dr. Augusto.
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Dores comuns
Explique ao seu filho a origem das coisas, das dores, dos fracassos, das emoções, pede o doutor. Todas as experiências da vida devem ser explicadas. Tudo tem uma origem e uma causa. Por isso, deixe de entreter os seus filhos com a fria tecnologia, que só os inibe de suas verdadeiras necessidades emocionais. Crie empatia com eles e esclareça que entende seus sofrimentos ou preocupações deles, pois também os sente.
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Conselhos finais
O Dr. Cury vê pais que nem sempre têm capacidade emocional e tempo para o serem, devidamente. Nestes casos, estes pais precisam encontrar o seu equilíbrio para o transmitirem aos seus filhos. É importante desligarem-se da tecnologia que os atrapalha e viverem em fruição com o mundo real e natural, transmitindo isso aos seus filhos e mostrando a beleza da vida.
De fato, os pais vivendo de forma acelerada e ansiosa, nunca conseguirão ter uma mente serena e reduzir a ansiedade de suas crianças. Por isso, tente criar um ambiente calmo em sua casa, repleto de boa energia e alegria!