Como a desorganização pode estar acabando com seu casamento
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Como a desorganização pode estar acabando com seu casamento

Ficar esperando que a pessoa bagunceira mude de atitude não vai resolver nada. Veja como agir para melhorar a vida de vocês

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Você já assistiu aqueles programas sobre pessoas acumuladoras? Essas pessoas se apegam a determinados tipos de objetos e querem levar tudo para casa, mesmo sem ter utilidade ou espaço para guardar.

A acumulação pode chegar a um nível destrutivo. Os cômodos da casa ficam tomados por todo tipo de objetos, impedindo até mesmo de fazer a limpeza ou usar os cômodos normalmente.

Porém, não é preciso chegar nesse nível para que a desorganização em casa acabe com a relação saudável de uma família.

Mesmo quando não existe acumulação, a falta de organização pode impedir que a rotina em casa tenha conforto e bem-estar. Quando isso acontece, a convivência da pessoa desorganizada com seu parceiro (e filhos) fica abalada.

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O que é considerado desorganização em casa?

Aí está uma questão importante. Será que a pessoa desorganizada é tão problemática assim, ou a pessoa organizada que é muito exigente? Cada um vai achar que está certo vendo a situação da sua perspectiva.

Então se você está na dúvida, considere que a desorganização é tudo aquilo que interfere realmente na eficiência da rotina doméstica, na relação entre o casal e com as pessoas que os cercam. Por exemplo:

  • Nunca saber onde estão os boletos e deixar as contas atrasadas por isso;
  • Perder documentos importantes com frequência;
  • Nunca encontrar as roupas que quer usar, tamanha é a bagunça no armário;
  • Não ter um lugar fixo para colocar chaves, bolsas, carteiras, documentos, e se atrasar porque não os encontra;
  • Não se importar em deixar a louça suja na pia por mais de um dia;
  • Não se importar com comida velha, potes abertos e restos de comida derramados na geladeira;
  • Não se importar em deixar a cama desarrumada e ainda jogar roupas por cima;
  • Ocupar o espaço do outro nos armários e cômodos porque tem coisas demais;
  • Nunca colocar alguma coisa de volta no lugar de onde tirou (logo depois de usar);
  • Não limpar na hora uma sujeira que pode atrair insetos ou deixar cheiro ruim na casa;
  • Não se importar em deixar a sua sujeira íntima para o outro limpar (sabendo que ele vai limpar porque não pode esperar isso de você).

Quem é o culpado?

Depende. Geralmente uma pessoa na casa é desorganizada. Mas, se essa pessoa for o exemplo, como pai ou mãe, os filhos vão acabar adquirindo o mesmo hábito. Ou seja, a culpa passa a ser de todos. No entanto, apontar o culpado não faz diferença nesse caso, pois o que importa é todos enxergarem que existe um problema grave e precisa de solução.

A perspectiva da pessoa desorganizada

A pessoa desorganizada tem muita dificuldade em mudar esse hábito, pois faz parte de quem ela se tornou ao longo dos anos.

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Geralmente, essa pessoa tem outras características pontuais, como se atrasar para os compromissos, ter dificuldade para se lembrar das coisas que precisa fazer e não conseguir gerenciar seu tempo com eficiência.

Às vezes ela até se incomoda por ser assim, pois percebe que dificulta as coisas, mas ainda não teve um motivo grande o bastante para decidir mudar, e continua levando a vida do mesmo jeito.

Quando uma pessoa se acostuma com certos hábitos, mesmo que pareçam inadmissíveis na visão dos outros, eles se tornam normais e aceitáveis.

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A omissão da pessoa organizada

Quando o casal ainda está namorando e não vive junto, o problema da desorganização pode ficar camuflado. A pessoa organizada até se incomoda com alguns hábitos do outro, mas não fala nada porque não quer ofender, se intrometer ou pensa que depois vai mudar.

Mas se a pessoa que é organizada não compreender o quanto esse hábito é normal para o desorganizado, ela só vai se frustrar cada vez mais. Para quem é desorganizado e parece não ligar para isso, realmente não existe a preocupação sobre como os outros estão se sentindo no ambiente, ou até existe, mas a força do hábito fala mais alto. Não é por mal.

Uma conversa séria

Seja antes de morar junto ou quando já está morando e a organização está atrapalhando o relacionamento, o primeiro passo é sentar e conversar a respeito. Cada um deve dar a sua perspectiva da situação, falar como se sente e como esse estilo de vida desorganizado afeta sua rotina, sua felicidade e seu sentimento pelo outro.

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É uma conversa séria que exige palavras cuidadosas, pois está mexendo com hábitos enraizados e difíceis de assumir ou mudar. A pessoa desorganizada precisa entender que essa conversa está acontecendo porque a relação de vocês está afetada e não é exagero.

Ela também precisa perceber que muita coisa vai mudar para melhor na vida de vocês quando a bagunça desaparecer. Para isso, a própria pessoa deve falar como ela se vê, como ela vê cada ponto bagunçado da casa. Se for preciso, leve-a para ficar cara a cara com a bagunça, prestando atenção nos detalhes e imaginando como será depois de organizado.

Soluções

Quem vai tomar a frente da conversa é a pessoa que está incomodada com a desorganização. Então, essa pessoa precisa chegar no momento da conversa já com propostas de soluções para resolver o problema.

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Essas propostas devem considerar que a pessoa desorganizada não vai conseguir mudar da noite para o dia. Hábitos levam cerca de um mês para serem mudados, isso quando a pessoa está decida a mudar, sem perder o foco. Sabendo disso, veja algumas propostas interessantes para promover a mudança de hábitos, acabar com a desordem e melhorar o relacionamento.

  • Tirem um tempo para organizarem cada parte bagunçada juntos. A pessoa bagunceira necessita participar desse processo, não é opcional;
  • Quanto às atitudes no dia a dia, sugira mudanças pequenas e que a pessoa considera fáceis para tentar mudar;
  • Combine de ajudá-la a se lembrar de certas coisas a fazer, e ela vai se comprometer a não ficar chateada com a cobrança;
  • Dividam as responsabilidades da casa e assumam o compromisso de cumpri-las no prazo estipulado;
  • Crie uma lista de coisas para fazer e lembrar, deixando em local bem visível.

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