Muheres grávidas podem ter os mais estranhos desejos, como comer atum com sorvete, tudo com limão ou doces impossíveis de encontrar. Porém, essa gestante sentiu uma necessidade diferente. Ela gostava de comer espuma de sofá e buchas de lavar louça. Conheça sua história e entenda o porquê desse comportamento atípico.
Grávida tem desejo de esponja
Aos 28 anos, Vicky Cullen tem uma filha e é esteticista. Ela vive em Wakefield, West Yorkshire, na Inglaterra e tem uma rotina de trabalho e cuidados com a família, como muitas outras mulheres. Porém, ela também guardava um segredo de muita gente: Vicky simplesmente não consegue deixar de comer a espuma do seu sofá e até esponjas de lavar louça.
Tudo começou quando estava grávida e, em uma noite, se pegou tirando um pedacinho da espuma da poltrona e mastigando. Ela tinha passado o dia inteiro com o desejo de alguma coisa que não sabia dizer o que era e no momento que comeu se sentiu totalmente relaxada. Na noite seguinte, fez a mesma coisa e a partir daí isso se tornou um hábito.
E ela não parou somente na espuma do sofá, também começou a provar outras coisas com a mesma textura. Até hoje, depois do nascimento da filha, ela come esponjas de lavar louça e a sua poltrona, normalmente embebida em suco ou chá. Em dias festivos, também pode ser um bom vinho. Queijo, geleias e chocolate também são ótimas coberturas, tanto que ela já comeu mais de 2 mil esponjas até agora.
Qual é a causa
Por mais que desejos sejam normais, é importante prestar atenção ao que se está comendo. No caso de Vicky, a coisa complica um pouco, pois esse hábito causa constipação, fazendo com que ela tenha que tomar laxante constantemente, destruindo a flora intestinal. Na realidade, esse não é somente um desejo de grávida e sim um transtorno psicológico, já que se manteve depois do parto.
Ela sofre com um transtorno chamado de alotriofagia ou pica. Ela consiste no desejo intenso de comer coisas que não têm valor nutricional e não são necessariamente alimentos. Alguns exemplos são o barro, pedrinhas, cabelo, gelo, sabonete, lamber portas (sim, estranho, mas acontece) e até mesmo algodão ou espumas, como Vicky.
Entre as principais causas estão a falta de zinco ou ferro no organismo, sendo mais comum em quem sofre com ansiedade, depressão, esquizofrenia ou transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Entre os riscos, estão não somente a prisão de ventre, como diversos outros problemas gastrointestinais, bem como o risco de intoxicação.
Para resolver, ela tentou fazer o acompanhamento com um psicólogo, através da terapia cognitivo comportamental, tendo bons resultados por um tempo. Porém, ela parou as consultas e acabou voltando ao que era.
