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Depressão infantil: sintomas, possíveis causas e tratamentos

A depressão infantil é mais complicada de identificar do que nos adultos. Conheça as causas, sintomas e tratamentos

Crédito: PxHere

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A depressão ainda é um assunto delicado para a sociedade devido aos sintomas que engloba, bem como a falta de conhecimento para compreender e lidar com a doença. Quando o assunto é depressão infantil, requer uma análise ainda mais cautelosa.

Pelo fato de as crianças estarem em fase de aprendizado sobre como lidar e nomear seus sentimentos, por muitos anos os sintomas da depressão infantil foram confundidos com transtornos comportamentais ou ansiedade de separação.

Somente há cerca de 20 anos que houve o reconhecimento da depressão em adolescentes, devido a diferença na sua forma de expressão.

O que é depressão?

Ao contrário do que os pseudoespecialistas afirmam, depressão não é frescura, fraqueza, cansaço e não se trata com frases motivadoras e pensamentos felizes. A depressão é uma doença física, que se manifesta das mais variadas formas, sejam físicas ou emocionais.

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De acordo com o Ministério da Saúde, a depressão é sim uma doença física, sendo considerada o mal do século. O fator psicológico é uma consequência dessa limitação física. “Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células”.

Os sintomas mais comuns, associados a esta doença que pode causar, inclusive AVC e enfarto são:

  • Tristeza profunda;
  • Alterações no apetite;
  • Cansaço;
  • Pessimismo;
  • Baixa auto estima exagerada;
  • Humor instável;
  • Pensamentos suicidas;
  • Baixa imunidade;
  • Prostração.

Sintomas da depressão infantil

é importante ressaltar que somente um profissional qualificado pode estabelecer a condição de depressão infantil. entretanto, é preciso que os pais estejam sempre atentos a pequenas mudanças de comportamento. Conheça alguns dos sintomas mais comuns e, por vezes, muito sutis:

1. Mudança de comportamento

Por natureza as crianças são ativas e curiosas. Portanto, os pais ou responsáveis precisam prestar a atenção em uma mudança nesse comportamento, quando a criança começa a ficar mais quieta.

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2. Desinteresse

Crédito: Se Grita!

Para ela tanto faz. Parece que nada agrada e nem desagrada. Ela parece desinteressada pelas coisas, sem mostrar entusiasmo ou até gratidão por um presente ou docinho que sempre amou.

Esse desinteresse é um dos sintomas da depressão infantil e deve ser observado mais de perto, se é somente com um tema – como os estudos – ou se é com tudo.

3. Sono

Outro fator importante que merece atenção é o sono. A criança em um quadro depressivo tende a ter o sono interrompido, pesadelos, dificuldade para dormir ou medo de dormir sozinha.

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Ela demonstra isso através de um choro assustado, que é diferente do choro manhoso, além de não querer que o adulto saia de perto.

4. Dores

A queixa frequente sobre dores físicas, como dor de barriga, de cabeça, no peito ou no corpo, que não apresentam outros sinais visíveis, podem ser sinais da depressão infantil.

Essa pode ser uma forma que ela encontra de expressar os sentimentos que não consegue denominar, como angústia, tristeza e ansiedade.

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5. Infantilidade

A depressão infantil pode gerar regressão comportamental, quando a criança volta a se comunicar com a linguagem que usava quando era mais nova. Além disso, pode ficar menos comportadas ou voltar querer brincar com brinquedos que já tinha perdido o interesse.

Como ajudar uma pessoa com depressão?

6. Apego

Crédito: Claudia – Abril

O medo da separação é mais um sintoma, quando ocorre de forma insistente. A criança não quer, de jeito nenhum, ficar longe do seu responsável, demonstrando medo ou pavor de que isso aconteça, seja para ir à escola ou a um passeio.

Nem ao banheiro ele vai, sem que seja seguido ou tenha crises de choro à porta, parecendo manha, mas na realidade é medo.

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7. Agressividade

Conforme a idade da criança, pode ainda haver a instabilidade emocional, com momentos de agressividade, pois ela não consegue controlar adequadamente os sentimentos.

O lobo frontal, responsável pela tarefa de controlar os impulsos, não está funcionando adequadamente, podendo levar ao descontrole das reações no caso da depressão infantil.

8. Falta de concentração

Fazer as tarefas da escola se tornam um pesadelo quando se tem depressão infantil, onde a desatenção é tanta que até parece pirraça.

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Se esse é um comportamento novo, pode ser sinal da doença, mas se é algo recorrente, pode levar a outros caminhos como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou dislexia.

9. Isolamento

Crédito: Instituto Pensei

Ela tende a buscar locais mais silenciosos, onde não tenha que interagir muito com outras pessoas. Pode também ficar viciada em tecnologia, sejam jogos, tablet, redes sociais e televisão, como fuga da realidade e interação.

10. Automutilação

Esse é um dos sinais mais claros de depressão infantil e merece alerta vermelho. Mordidas muito fortes em si mesma, arranhões, furinhos com lápis de cor e arrancar cabelo, por exemplo, são sinais de automutilação infantil.

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Ao ver qualquer um desses, associado a outros comportamentos, é fundamental marcar uma consulta com um psicólogo para avaliar a possibilidade de depressão infantil. Mesmo que não apareçam todos os sintomas, se você percebeu algo estranho e sente que pode ser a doença ou outro transtorno, procure ajuda de um profissional.

Causas e como identificar a depressão infantil

Além da atenção aos sintomas acima mencionados, é preciso que os pais, responsáveis ou adultos que convivem com a criança identifiquem a existência de situações que possam ter desencadeado um quadro depressivo.

Mesmo que seja uma doença fisiológica, o corpo não é separado da mente e um pode influenciar na saúde do outro, como o organismo integrado que é o ser-humano.Neste sentido, muitas vezes se assemelham aos fatores dos adultos, como:

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  • Perda de um ente querido;
  • Mudança traumática de escola;
  • Bullying;
  • Nascimento de um irmão;
  • Instabilidade emocional no ambiente familiar;
  • Depressão dos pais;
  • Maus tratos físicos ou emocionais;
  • Abuso sexual;
  • Fatores biológicos, como baixa produção de norepinefrina e serotonina ou mesmo predisposição genética.

Para identificar, basta observar os sintomas e comparar com o comportamento comum, relatando a um profissional da área que irá pesquisar mais a fundo o que está acontecendo.

Tratamento para depressão infantil

Crédito: Covenant cHRISTIAN aCADEMY

Observados todos os sintomas e fatores de risco mencionados, a busca por um diagnóstico e o início do tratamento deve ser imediata. Isso porque a criança ou mesmo o adolescente estão vivendo uma fase fundamental para a formação da sua identidade.

Portanto, ao perceber suas diferenças comportamentais e de sentimentos em comparação aos outros, tendem a acreditar que nunca vão conseguir sentir a alegria e os estímulos positivos que todos sentem.

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Quando mais velhas, a tendência ao uso de drogas também aumenta, pois as substâncias psicoativas servem como alívio momentâneo para o sofrimento.

Depressão tem cura? Sim ou não?

Então, o tratamento da depressão infantil vai depender da idade. Normalmente é utilizada a psicoterapia e é feita uma orientação com os pais ou responsáveis para conscientizar sobre a doença e como a criança precisa ser tratada para melhorar.

Outros métodos também podem ser aplicados, como a abordagem cognitivo-comportamental no caso de crianças mais velhas, pois envolve o desenvolvimento do autoconhecimento; e abordagem EMDR para reprocessamento de memórias traumáticas.

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Em determinados casos, especialmente se estão indo ou já estão na adolescência, e conforme os fatores genéticos, pode ser necessária uma intervenção com medicamentos.

Ainda quando essa ação é necessária, as crianças e adolescentes tendem a responder ao tratamento muito mais rápido do que os adultos, podendo abandonar os remédios em pouco tempo.

Se o fardo estiver muito pesado, também para o cuidador, ele pode entrar em contato com o CVV – Centro de Valorização da Vida, e encontrar ajuda para si e para a criança.

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Dica: Como atitudes dos adultos podem ajudar

Ao perceber que a criança pode estar em um quadro depressivo e após buscar ajuda profissional, os pais ou responsáveis podem ter o cuidado de mudar certas atitudes e estimular os pequenos ao desenvolvimento das suas dificuldades, confira no vídeo abaixo:

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