desligar os aparelhos

Decisão judicial manda desligar os aparelhos de menino em coma

A decisão de desligar os aparelhos que mantém o coração de uma criança batendo nunca é fácil. Os pais lutaram até o fim.

Publicidade

Archie Battersbee, de 12 anos, foi encontrado pela mãe, Hollie Dance, no chão do próprio quarto, desacordado. Naquele momento ela não sabia que ele tinha lesões cerebrais graves e, muito menos, que uma decisão judicial mandaria desligar os aparelhos que mantinham o coração do filho batendo.

Archie estava no hospital desde que foi encontrado inconsciente em sua casa em Southend, Essex, na Inglaterra, em abril.

Sua mãe diz que acredita que ele estava participando de um desafio na internet quando ficou inconsciente. Ele nunca acordou desde que foi internado, e especialistas dizem que testes não mostraram atividade cerebral discernível.

Veja também: A história de Martin Pistorius: 12 anos em coma e consciente de tudo

Publicidade

Acompanhada pela família do lado de fora do Royal London Hospital, na Inglaterra, ela disse que era “a mãe mais orgulhosa do mundo” e que seu filho é “um garotinho tão lindo, e ele lutou até o fim”.

Depois do acidente, que até então não foi claramente compreendido, Archie sofreu lesões cerebrais graves e precisou de suporte de vida, incluindo ventilação mecânica e tratamento com medicação.

O garoto nunca recuperou a consciência. Os médicos responsáveis pelo caso disseram ao Supremo Tribunal que era “altamente provável” que ele estivesse com “morte cerebral” e pediram que seu suporte de vida terminasse.

O suporte de vida de Archie foi retirado no sábado, dia 6 de agosto. Ele morreu às 12h15 (horário local).

Publicidade

A mãe dele e o pai, Paul Battersbee, perderam uma série de disputas judiciais nas quais eles tentaram mantê-lo em suporte de vida, com os aparelhos funcionando.

A decisão que autorizou a desligar os aparelhos havia sido dada no dia 11 de julho pelo juiz Hayden. Ele disse, com base nos relatórios médicos, que continuar o tratamento seria “fútil” e que serviria “apenas para prolongar sua morte, sendo incapaz de prolongar sua vida”.

Os pais de Archie argumentaram que o tratamento deveria continuar enquanto seu coração estivesse batendo. Eles foram apoiados pela organização Christian Legal Center na tentativa de conseguir na Justiça que os aparelhos fossem mantidos em funcionamento, mas não conseguiram.

Publicidade

Fonte: BBC Brasil

PODE GOSTAR TAMBÉM