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De vendedora de picolé a dona da maior fábrica de sorvetes do CE

Ela começou com o básico, que aprendeu com a madrinha, e foi expandindo o negócio.

Imagens: Reprodução

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Quem via a Joselma Oliveira passando com um isopor de picolés na feira, nos anos 90, não imaginava que ela se tornaria dona da maior fábrica de sorvetes do Ceará, a Pardal.

Mais que isso: a empresa se prepara agora para exportar a marca. A Pardal produz 40 mil picolés e 8 mil litros de sorvete por dia. A marca tem lojas em todo o estado e faz parte da memória afetiva dos cearenses.

“É uma emoção. Quando eu chego nos lugares que as pessoas elogiam eu fico feliz”, disse a empreendedora, ao lembrar que todo esse sucesso nasceu de uma receita de sorvete da tia dela, quando morava em Picuí, na Paraíba.

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“Ela [a madrinha] me ensinou quatro sabores – ameixa, chocolate, morango e coco – e eu comecei com esses. Com o tempo meus clientes foram pedindo outros sabores e eu fui aprendendo”, lembrou Joselma.

A empresária conta que foi da necessidade que nasceu a empresa. Casada com um vendedor de pipoca, ela resolveu vender picolés para complementar a renda da família.

A primeira receita gerou 30 sorvetes que ela foi vender na feira livre em Currais Novos, no Rio Grande do Norte. Aos poucos, a empreendedora conta que foi aprendendo com os próprios clientes.

“Eu fazia e quando chegava lá eles diziam ‘está muito bom, mas está faltando isso’. Então a venda de picolé para mim na rua foi um aprendizado muito grande […]. O meu cliente me ensinou a melhorar cada vez mais”, afirma.

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Só que a paixão pelas vendas continuou mesmo após as coisas melhorarem dentro de casa. Com os filhos já criados e sustentados com venda dos picolés, Joselma quis ir mais longe.

Dos 30 picolés que vendia na feira, ela chegou aos 500 e já recebia encomendas de outras cidades. Foi quando resolveu dar mais um passo para aumentar as entregas.

“Fui para uma bicicleta, depois a gente já tinha moto para levar para o Interior e quando eu me dei conta já tinha uma D10 para transportar os meus produtos para as cidades vizinhas de Currais Novos”, lembra a empreendedora.

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Saindo do Rio Grande do Norte, Joselma chegou até Fortaleza. Ela vendeu o carro para comprar uma casa e o sucesso veio antes do que imaginava.

“Quando eu comecei a produzir lá foi uma loucura. Foi um estouro de vendas. Faltava produto. Tive que comprar a casa vizinha para aumentar e expandir”, diz.

“Construí a empresa lá. Com dois anos ficou pequena e foi assim… Tudo muito rápido, tudo era em dois anos”.

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Joselma decidiu investir tudo na empresa e começou a profissionalizar o negócio. Ela conta que foi buscar conhecimentos mais técnicos, sobre como administrar uma empresa, contratar pessoas e ter um financeiro saudável.

Quando se sentiu mais segura, ela pediu um financiamento pelo Banco do Nordeste e, a partir daí, montou a primeira fábrica, comprou os primeiros caminhões e, oficialmente, registrou a Pardal Sorvetes.

Hoje, os filhos ajudam Joselma na administração e nas vendas, mas ela garante que não quer largar ainda a fábrica de sorvetes.

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“Vender é uma arte. Ter contato direto com o cliente é um aprendizado. Eu aprendi muito com o meu cliente”, diz.

“Eu cuido muito do meu produto, da minha marca, porque para mim é uma alegria quando eu encontro com jovens que dizem que lembram do meu produto, da infância, e que ainda continua bom. Para mim, fazer esse produto é uma questão de felicidade”, finalizou.

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