crises durante o crescimento do bebê
Crédito: Freepik

Conheça as 4 crises durante o crescimento do bebê

A cada trimestre o bebê experimenta uma nova perspectiva de mundo que deve ser compreendida pelos pais

Publicidade

Crise não é uma coisa só de adulto com dúvidas sobre a razão da sua existência. As crises humanas começam desde cedo, lá nos 3 meses de vida. É bem importante conhecê-las para entender o motivo de alguns comportamentos do bebê e saber que é uma fase para ser vivida com amor, paciência e muita compreensão. Desde a primeira crise do bebê, você já estará influenciando no adulto que ele vai se tornar. Veja que interessante!

Crise dos 3 meses

Muitos pediatras falam que os bebês nascem duas vezes: uma delas no momento do parto e a outra aos 3 meses de vida, que é quando o bebê percebe que ele e a mãe são duas coisas separadas.

Até os 3 meses, o bebê sente a mãe como parte dele próprio, como se ambos fossem uma coisa só. Então, a partir dessa idade, o bebê começa a olhar nos olhos da mãe e entender que precisa chamá-la quando está incomodado e necessita de atenção.

É aí que surge a crise, pois o bebê fica ansioso e com medo dessa nova percepção. Ele leva mais ou menos 15 dias para se acostumar com essa nova visão do mundo, e durante esse tempo o bebê pode recusar o peito, ter dificuldade para dormir e ficar agitado sem motivo aparente.

Publicidade

Os pais até podem levar o bebê ao pediatra para terem certeza que não existe outra causa para as mudanças de comportamento dele. Se for só a crise mesmo, então o ideal é que os pais se mantenham calmos e pacientes, deixando que seu filho viva esse momento em um ambiente tranquilo e acolhedor para poder crescer com a experiência de vida que essa fase proporciona.

Crise dos 6 meses

Passada a primeira crise, alguns meses depois chega a segunda. Essa crise está relacionada ao pai ou outra pessoa que esteja presente na rotina do bebê, além da mãe. Até então, mesmo que o pai esteja presente, a relação não é tão próxima quanto é com a mãe, que tem licença maternidade longa para estar com o bebê o tempo todo, que tem aquele cheiro de “minha casa” e que amamenta.

Na segunda crise, o bebê começa a reconhecer a figura do pai, e assim começa a formação do triângulo familiar na percepção do bebê. O que pode acontecer por causa dessa nova percepção é um pouco de alteração no sono e redução do apetite.

Em muitos casos, a mãe sofre mais com essa crise do que o bebê. Geralmente isso acontece com as mães que são muito ligadas aos seus filhos e passam o dia todo dedicadas ao bebê. Mas, elas sabem que é preciso cortar o cordão para que o filho inicie sua independência, e o pai é fundamental nesse processo.

Publicidade

Crise ou nascimento dos dentinhos?

É comum haver confusão entre os sintomas da crise dos 6 meses e do nascimento dos dentinhos, pois tudo acontece nessa mesma fase e com sintomas semelhantes.

Quando os dentes começam a nascer e rasgar a gengiva, o bebê fica irritado e pode ter alterações no sono e no apetite.

Em ambos os casos, basta ter paciência, dar a atenção que o bebê precisa e deixá-lo vivenciar mais esse momento tão importante para o seu crescimento.

Publicidade

Crise dos 8 meses

Essa é a crise do terceiro trimestre de vida do bebê, podendo acontecer em algum momento entre o final dos 7 meses e dos 9 meses. Essa é a crise que dura mais tempo e um dos principais sintomas é o transtorno do sono. É aquela fase em que a criança acorda diversas vezes durante a noite, assustada e chorando intensamente.

Essa fase pode durar até um mês, e os pais costumam ficar preocupados porque pensam que o bebê está com algum problema sério, já que acorda tão assustado e começa a chorar de forma diferente.

Quando o bebê tem essas crises de choro durante a noite, o ideal é que seja atendido pela mesma pessoa que o colocou para dormir, pois assim ele não terá a fantasia de que aquela pessoa que apagou a luz e saiu do quarto nunca mais irá voltar.

Publicidade

Não é necessário levar o bebê para a cama dos pais, pois essa atitude pode gerar uma série de desafios pela frente: sono perturbado dos pais, afastamento do casal e dependência da criança. O bebê apenas deve ser acalmado no berço mesmo, ou no colo, mas sem sair do quartinho dele e sem gerar muita movimentação, vozes, luzes.

É hora de adotar um objeto de transição

Nessa terceira crise do bebê, uma dica legal é que o bebê adote um objeto de transição, que pode ser um paninho, um bichinho de pelúcia ou a chupeta.

Esse objeto vai substituir a mãe para que o bebê se sinta acolhido e acompanhado, e consiga dormir tranquilo. A mãe pode abraçar o bichinho ou paninho para ficar com o cheiro dela.

Publicidade

Nessa fase da vida, o bebê tem a fantasia de que, à noite, quando está sozinho no quarto, as coisas desaparecem, a mãe sumiu e não vai mais voltar. Mas, se ele tiver o seu objeto de transição, vai entender que as coisas continuam ali, e que ficar longe não é perder.

A escolha desse objeto não precisa ser feita pelos pais. Geralmente acontece de forma natural pela criança. Esse objeto deve ser resistente, lavado só quando necessário e não oferecer qualquer risco à criança.

Crise do 1º aninho

Essa não vai ser a última crise da infância do seu filho, mas vai ser a última da fase de bebê. É nessa etapa que ele começa a ensaiar os primeiros passinhos, geralmente. Então ele já se arrasta pra lá e pra cá, mexe nas coisas, sem ir muito longe da mãe. A crise surge por causa desse impasse entre ser independente, mas precisar da mãe sempre por perto.

Publicidade

Novamente, os sintomas são semelhantes aos das outras crises: problemas para se manter dormindo, recusar comida e muita agitação durante o dia. Entendendo o que leva a esses comportamentos fica mais fácil saber que a vida deve continuar normalmente, estando sempre ao lado da criança para incentivar seus passos e dizer que está tudo bem, mas sem protegê-la em excesso.

Veja também: Crise de raiva nas crianças – por que acontece e como resolver?

PODE GOSTAR TAMBÉM