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Criança vegetariana, pode? Veja os principais riscos e cuidados a ter

Confira uma lista de alimentos vegetais para cada tipo de nutriente, e leve seu filho ao médico se desejar manter a dieta vegetariana

Crédito: Freepik

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Quando os pais são vegetarianos, é normal que eles criem seus filhos como vegetarianos também. Aliás, essa é uma situação ainda mais óbvia quando a família é vegana, ou seja, não se alimenta e nem usa nada que tenha origem animal.

E, além do fato das famílias veganas e vegetarianas levarem seus filhos naturalmente por esse plano alimentar, também existem muitos casos de crianças que se recusam, desde a introdução alimentar, a comer alimentos de origem animal, mesmo fazendo parte de famílias onívoras, que comem carne e incentivam o consumo.

No entanto, ainda existem muitas dúvidas sobre os riscos e benefícios de manter uma alimentação vegetariana para crianças. A principal dúvida é sobre como substituir as proteínas que existem em maior quantidade nos alimentos de origem animal e são essenciais para a manutenção do corpo humano.

O que dizem os médicos?

Crédito: Freepik

É grande o número de médicos especialistas em alimentação vegetariana, inclusive focada em crianças, pois já existem muitos estudos que defendem a segurança desse tipo de dieta para pessoas de todas as idades.

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Inclusive, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um Guia Prático de Atualização sobre Vegetarianismo na Infância e Adolescência, desenvolvido pelo seu Departamento Científico de Nutrologia.

Embora esse seja um documento importante, alguns médicos criticam o Guia, alegando que o conteúdo ainda não atingiu um alto nível de qualidade para servir de base às famílias que quiserem segui-lo.

Os médicos especialistas em alimentação vegetariana garantem que é sim possível oferecer uma alimentação saudável, sem deficiência de nutrientes, para crianças e adolescentes. Mas, para isso, é necessário ter acompanhamento nutricional com um especialista, pois cada organismo necessita de um plano alimentar específico para suas necessidades nutricionais.

Inclusive, o acompanhamento médico é importante até para as crianças que comem carne, que também sofrem com deficiência nutricional, já que estão em fase de adaptação a um tipo de alimentação, e muitas vezes deixam de consumir a variedade necessária de alimentos. Ou seja, a deficiência nutricional não é um problema maior para crianças vegetarianas e veganas, do que é para as crianças onívoras.

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Tipos de vegetarianismo

Quando uma criança naturalmente recusa a comer alimentos de origem animal, desde quando começa a sua introdução alimentar, ela ainda não vai saber que isso se chama vegetarianismo.

Portanto, os pais devem permitir que a criança experimente de tudo, para mais tarde definir como serão seus hábitos alimentares.

Mesmo assim, é importante saber que existem diferentes categorias de vegetarianismo, e é legal os pais observarem o gosto dos seus filhos com base nessas categorias para conduzi-los com mais facilidade a uma alimentação saudável e equilibrada, sem deficiência nutricional.

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  • Ovolactovegetariano: pessoa que não come carne, mas come ovos, leite e seus derivados;
  • Ovovegetariano: pessoa que não come carne nem leite e derivados, mas come ovos;
  • Lactovegetariano: pessoa que não come carne nem ovos, mas come leite e derivados;
  • Vegetariano: pode ser das três categorias anteriores, ou não comer nem carne, nem ovo e nem laticínios, mas consumir produtos não comestíveis que tenham origem animal, como objetos feitos com couro e lã, por exemplo;
  • Vegano: pessoa que não consome nada de origem animal, inclusive outros produtos que não sejam para comer.

Nutrientes que não podem faltar na alimentação vegetariana

Crédito: Freepik

Bem, a grande preocupação de oferecer uma dieta vegetariana para crianças é que elas tenham deficiência nutricional de proteínas, zinco, vitamina B12, cálcio, ferro e ômega-3. Mas, esses são apenas alguns dos nutrientes que toda pessoa deve consumir diariamente. Veja mais exemplos e em quais alimentos de origem vegetal eles são encontrados:

  • Energia: nozes, castanhas, macadâmia, amendoim e suas respectivas manteigas;
  • Proteína: lentilha, feijão, grão-de-bico, soja, cereais, nozes e sementes (chia, linhaça);
  • Gordura: óleos de soja/canola/milho/algodão, azeite, linhaça, chia, girassol, gergelim, nozes, castanhas;
  • Fibras: grãos integrais, verduras, legumes e frutas;
  • Ferro: cereais matinais, farinha láctea, nabo, brócolis, couve, batata, cenoura, suco de limão e de laranja, açúcar mascavo, rapadura;
  • Zinco: cereais, grãos integrais, soja, feijão, lentilha, cereal matinal de milho, castanha-de-caju torrada, farinha de soja, grão-de-bico cru, farinha de centeio integral;
  • Cálcio: feijão branco, couve, tofu, brócolis cozido;
  • Vitamina A: cenoura, manga, mamão, damasco, abóbora, tomate, ervilha, batata-doce;
  • Vitamina B2: aspargo, banana, feijão, brócolis, figo, couve, lentilha, ervilha, tahine (“manteiga” de gergelim), batata-doce, tofu, germe de trigo;
  • Vitamina B12: vegetais fortificados com essa vitamina;
  • Ácido fólico: brócolis, espinafre, feijão, trigo, leveduras.

Acompanhamento médico é essencial

Todos os alimentos listados acima são importantes na alimentação das crianças vegetarianas. Mas, a quantidade de cada um deles no dia a dia só é possível saber depois de fazer exames e receber o cardápio elaborado pelo médico, que pode ser um nutricionista pediátrico, de preferência especializado em vegetarianismo.

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