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Quando uma criança é abandonada, a dor sentida é tão forte que vira física

E o dano emocional causado vai muito além da infância

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Nem precisava de um estudo dizendo que o abandono paterno dói. Essa reposta, infelizmente, pode ser dada com certeza por muitas pessoas. Mães criando filhos sozinhas, tirando força e dinheiro de onde não se sabe, porque o pai foi embora é uma realidade. Dolorida, cruel e injusta, mas uma realidade.

Mesmo não precisando de um estudo, ele foi feito. Cientistas da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, estudaram mais a fundo a personalidade das pessoas que sofreram com o abandono paterno ainda na infância.

O resultado do estudo, que foi publicado no Science Daily, diz que o amor ou o abandono vivenciados na infância moldam parte da vida a adulta daquela criança. E dentro dessa conclusão, não há nada tão profundo e danoso para uma criança, em relação a parte afetiva, do que lidar com o abandono.

A dor do abandono, se não ser aceito deixa marcas profundas, e se manifesta em todas as relações daquela criança.

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A falta que pai faz depois que escolhe partir

Os cientistas da universidade analisaram o perfil de mais de 1000 voluntários na pesquisa, para tentar traçar uma relação entre ter lidado com o abandono quando criança e as principais características afetivas na vida adulta.

Os perfis variam de “ansiosos e inseguros” ou “hostis e agressivos”. Homens e mulheres de diferentes regiões do mundo, com históricos de vida único, respondem da mesma forma ao abandono. São pessoas com dificuldade em confiar, mas vivem com o constante medo de serem novamente abandonadas.

Quando a rejeição é muito dolorida, essa dor vira física, de tão intensa. O mais preocupante disso é que, uma dor física é sentida apenas uma vez, já a dor emocional pode se repetida e sentida outras vezes por anos.

A sobrecarga fica com a mãe

Quando o pai vai embora, fica a cargo da mãe cuidar, e se dobrar em diversos papéis. A criança fica machucada, sofre, e só tem a mãe para recorrer. E aí, nesse cenário de pessoas machucadas tentando se ajudar o máximo possível, quando essa criança apresenta algum comportamento inapropriado, ainda se ouve “a culpa é da mãe”. Mas, na verdade, o pai é o maior causador de danos, mas a responsabilidade sempre é exigida apenas da mãe.

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A dor fica, a mãe fica, e o pai vai viver a vida como ele bem entende, esquecendo que teve filho. Não parece justo. Concorda?

 

 

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