Todos nós já sabemos que a Covid é uma doença com a qual teremos que aprender a conviver. Ela não vai desaparecer de uma hora para outra.
Enquanto os cientistas desenvolvem vacinas, pílulas e outras formas para prevenir e reduzir a gravidade da doença, é preciso falar sobre o que esperar para os próximos anos.
A previsão é de que a maioria das pessoas tenha reinfecções de Covid, cerca de duas a três vezes por ano, conforme analisam alguns especialistas.
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Cientistas falam sobre o futuro da Covid na nossa rotina
De acordo com Juliet Pulliam, epidemiologista da Universidade Stellenbosch, na África do Sul, o vírus vai continuar evoluindo e, provavelmente, haverá muitas pessoas sendo contaminadas diversas vezes ao longo de suas vidas.
O motivo disso é que o coronavírus se tornou mais apto a reinfectar as pessoas. Muitos dos que foram contaminados com a primeira variante Ômicron já estão relatando segundas infecções com as versões mais recentes da cepa.
Além das reinfecções algumas vezes ao ano, os cientistas acreditam que uma pequena parcela dos reinfectados passará meses ou até anos com os sintomas da chamada Covid Longa.
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Não podemos subestimar a variante Ômicron
Ao contrário das variantes anteriores, a Ômicron e suas sublinhagens parecem ter evoluído para escapar parcialmente das defesas do corpo.
Apesar disso, elas não alteraram a utilidade fundamental das vacinas contra Covid. A maioria das pessoas que recebeu duas ou três doses não ficará doente o suficiente para precisar de cuidados médicos, caso sejam contaminadas.
Portanto, esse é o principal cuidado que devemos ter, sempre mantendo a vacinação atualizada.
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De qualquer maneira, seriam necessários mais cuidados diários a longo prazo para evitar reinfecções algumas vezes ao ano.
Na opinião de Kristian Andersen, virologista do Instituto de Pesquisa Scripps em San Diego, “se continuarmos lidando com a Covid como fazemos agora, a maioria das pessoas será infectada pelo menos duas vezes por ano. Eu ficaria muito surpreso se fosse diferente”.
E quem sustenta essa opinião é Jeffrey Shaman, epidemiologista da Universidade Columbia, em Nova York. Para ele, se a reinfecção for a norma, o coronavírus “não será simplesmente essa coisa que aparece no inverno uma vez por ano, e não será um incômodo leve em termos de morbidade e mortalidade que pode causar”.
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Fonte: O Globo