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Covid na África: as teorias para a “baixa” mortalidade

Em comparação com outros continentes, a África está se saindo melhor do que o previsto durante a pandemia

Crédito: Freepik

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Muitos brasileiros que não conhecem a África acreditam que lá só tem pobreza. De fato, existe, assim como existe fome e miséria no Brasil, mas também existem as elites. Em todo caso, no início da pandemia, a Organização Mundial de Saúde acreditava que a Covid na África seria trágica por conta do sistema de saúde fragilizado e da falta de condições sanitárias adequadas para o combate da pandemia. Mas, não é o que está acontecendo.

De uma forma que está surpreendendo positivamente as autoridades, a Covid na África está menos preocupante do que nas Américas, na Ásia e na Europa. Com cerca de 224 mil mortes por Covid, o único continente que tem menos mortes do que a África (em números absolutos) é a Oceania.

Por que há menos mortes por Covid na África do que em outros continentes?

Existem teorias para esse resultado “positivo” da Covid na África, e vale a pena conhecermos para estarmos por dentro da realidade em outras partes do mundo.

Resposta eficaz da saúde pública

O primeiro ponto que responde o motivo de a África, onde há 1 bilhão de pessoas a mais do que no Brasil, estar com “apenas” 224 mil mortes, é a eficiência das ações do governo para o combate à pandemia.

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O primeiro caso de Covid na África foi confirmado no Egito, em 14 de fevereiro de 2020. Apesar do receio de que logo haveria um colapso no sistema de saúde, o governo tomou providências imediatas, adotando a obrigação do uso de máscara e o distanciamento social.

De acordo com um índice da Universidade de Oxford, na Inglaterra, sobre as respostas dos governos à pandemia, países africanos como Marrocos, Tunísia e Ruanda estiveram entre os primeiros do mundo a estabelecer medidas mais duras, como lockdowns e controle rígido de viagens.

Média de idade da população

Outra teoria sobre o número de mortes por Covid na África diz respeito à população jovem que há no continente. Segundo dados da ONU, a população africana é a mais jovem do mundo, com uma idade média de 19 anos. Isso representa riscos mais baixos de internação, complicações da doença e, assim, falecimentos decorrentes da Covid-19.

Não há muitas casas de repouso na África

O fato de não haver muitas casas de repouso para idosos na África, e poucos idosos vivendo nesses estabelecimentos, é algo cultural. No caso da pandemia, acaba por ser um ponto positivo, no sentido de que, em outros continentes, houve um grande número de mortes de idosos porque as casas de repouso são um grande foco de contágio da doença.

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Na África, quando as pessoas ficam idosas é mais comum que voltem para as zonas rurais, onde as casas são mais distantes umas das outras e, com isso, as pessoas ficam mais protegidas, praticando o isolamento com mais facilidade.

O clima da África é favorável ao combate do vírus

Um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, encontrou uma correlação entre temperatura, umidade e latitude e a disseminação da covid-19. Ao menos, foi isso que relatou Mohammad Sajadi, o líder da pesquisa, em entrevista para a BBC: “Nós observamos a propagação precoce [do vírus] em 50 cidades ao redor do mundo. O vírus teve mais facilidade de se espalhar em temperaturas e umidade mais baixas”.

Veja também: Variante ômicron: entenda por que a 3º dose da vacina é necessária

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Artigo com informações de BBC

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