Você já ouviu falar em um hormônio chamado cortisol? Ele é um esteroide produzido por duas glândulas localizadas na parte superior dos rins. O corpo geralmente libera esse hormônio quando se enfrenta algumas situações do dia a dia, como acordar muito cedo, fazer exercícios ou passar por um estresse agudo.
Para que serve
A função desse hormônio, na verdade, é forçar o corpo a realizar suas funções de maneira equilibrada, mas, quando alcança um nível elevado no organismo, pode surtir efeito sobre o peso, o sistema imunológico e há chances de desencadearmos doenças crônicas.
Ele é conhecido como o hormônio da luta ou da fuga, pois em determinadas situações estressantes do dia, quando seu corpo recebe uma cascata de adrenalina, as suas glândulas liberam cortisol, enchendo seu corpo de glicose, como uma injeção de energia imediata.
Ele estreita suas artérias enquanto a adrenalina do corpo aumenta e isso faz com que o organismo seja forçado a bombear o sangue muito mais rápido (elevando a frequência cardíaca).
Depois que esse efeito passa, você relaxa e segue sua vida normalmente, mas o perigo está justamente nessa agitação ou estresse causado momentaneamente, que pode resultar em danos à saúde.
Sintomas de cortisol alto
Ele também pode ser chamado de hidrocortisona e é o encarregado de elevar o nível de açúcar na corrente sanguínea. Só que existe um outro lado não muito agradável desse hormônio: aumentar o peso corporal e reduzir a composição óssea.
Sua taxa elevada também pode ser chamada de Síndrome de Cushing e essa condição acaba intensificando o estresse, subindo a pressão arterial e influenciando no acumulo de gordura.
1. Desequilíbrio do nível de açúcar no sangue
Ele pode até ser o motivo de você sentir uma energia extra em seu corpo, mas isso é momentâneo. A longo prazo, esse hormônio produz glicose de uma maneira constante, podendo causar diabetes.
Além disso, ainda é capaz de anular o efeito da insulina, se o paciente com diabetes estiver sob estresse agudo.
2. Obesidade
Graças ao excesso de açúcar no sangue, pode elevar o ganho de peso além do normal, devido ao armazenamento de gordura visceral. Esse hormônio mobiliza triglicerídeos de onde se encontra e recoloca-os nas células de gordura visceral.
Devido às disfunções de glicose no organismo, o corpo tenta compensar essa ausência enviando ao cérebro um aviso de fome, o que pode causar excessos que todos já conhecem.
3. Problemas no sistema imunológico
Apesar de o cortisol reduzir as inflamações no corpo, com o tempo ele também reduz as forças do sistema imunológico. A inflamação crônica causada por estilos de vida estressantes e baseados em má alimentação promove seus altos níveis, causando baixa imunidade.
4. Problemas gastrointestinais
Em um corpo muito estressado, inundado por esse hormônio, a digestão dos alimentos e absorção dos líquidos estão comprometidas. As consequências disso podem ser: indigestão, azia, gastrite, inflamações na mucosa do estômago, úlceras, síndrome do intestino irritável, refluxo etc.
5. Doenças cardiovasculares
Como foi mencionado inicialmente, ele contrai os vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial para que o sangue possa ser bombeado de maneira suficiente.
Com o tempo, essa contração arterial pode causar sérios danos aos vasos sanguíneos, além de ocasionar acúmulos de placas bacterianas, cenário perfeito para um ataque cardíaco.
6. Baixa fertilidade
Devido ao alto nível de estresse, o corpo pode responder com disfunções de ereção ou interrupções da ovulação e dos ciclos menstruais.
Além de todos esses males, ainda pode desencadear problemas como insônia, fadiga crônica, problemas de tireoide e até mesmo depressão.
7. Problemas de pele
Ficam visíveis o aumento de espinhas, anomalias na pele das coxas, peitoral e barriga, com o surgimento de carocinhos vermelhos e até pontos inflamados. Surgem também roxos, acompanhados de um crescimento exacerbado de pelos no corpo.
Sintomas de cortisol baixo
Além de ter níveis além do recomendado, também é possível tê-lo menos do que o ideal. Saiba para quais sinais deve ter atenção nesse caso.
1. Cansaço físico profundo
Há uma total falta de energia para realizar até as tarefas mais simples do dia a dia, como pentear os cabelos ou varrer a casa. Ir à academia está totalmente fora de cogitação, pois o corpo simplesmente não responde.
2. Fome desregulada
Sua falta pode desregular a fome, causando falta ou excesso de apetite, tornando a rotina alimentar menos saudável.
Isso pode levar à perda ou ganho de peso muito rápido, além de trazer outros malefícios, como queda da imunidade.
3. Dores
Você pode sentir muita dor muscular, sentindo que eles estão cansados, como se tivesse pegado peso a manhã inteira. Suas articulações também ficam mais sensíveis, causando dor em atos simples, como andar.
4. Anemia
A falta desse hormônio pode influenciar na formação do seu sangue, reduzindo a quantidade de hemácias. Isso pode levar à anemia, além de deixar o corpo mais propenso a pegar doenças.
Como diminuir o cortisol
O acompanhamento médico é fundamental, tanto para detectar o excesso, quanto a falta e também para dizer o que é necessário na hora de regulá-lo.
1. Ter uma boa noite de sono
Antes de ir para cama, invista nos chás calmantes e relaxantes para ajudar o corpo a diminuir o ritmo. Dormir bem, além de promover a saúde ajuda também a beleza.
2. Exercício físico
A prática de exercícios é um importante aliado para aumentar a produção dos neurotransmissores responsáveis pela alegria, bem-estar e prazer.
Isso reduz a chance de surgir o sentimento de tristeza, melancolia e desânimo, além de gastar toda energia acumulada provocada pelo cortisol.
3. Diminuir o consumo de cafeína
Em apenas 1 hora, essa substância tem o surpreendente poder de elevar o hormônio cortisol em cerca de 30%, agindo um período de ação de até 18 horas dentro do organismo.
4. Refeições saudáveis
Uma alimentação balanceada, sem exagerar na ingestão de comidas com excesso de açúcar, ajuda no controle da energia excedente e preserva os índices dentro do limite saudável.
Saiba mais sobre esse hormônio no vídeo: