família com sete casos de coronavirus
Crédito: Arquivo pessoal

Coronavírus: família de SP tem 7 casos, duas mortes e um na UTI

O contágio de uma pessoa para outra é muito rápido, e os sintomas nem sempre aparecem. É preciso estar sempre alerta

Publicidade

Conforme os novos casos de coronavírus vão aparecendo em território nacional, os brasileiros vão se dando conta da gravidade da doença. Infelizmente, o alerta dos outros países que estão em situação mais grave, como Itália, Espanha e Estados Unidos, ainda não é o bastante para muitos entenderem a importância da quarentena e dos cuidados de higiene dentro de casa.

Na família do médico Douglas Sterzza, que tem apenas 28 anos, houve um total de 7 casos, incluindo ele mesmo, até o momento. O primeiro caso na família foi em sua mãe, Rita de Cássia Sterzza, de 55 anos. Depois, os sintomas apareceram na avó, de 85 anos.

Depois das duas, Douglas também contraiu o vírus, dois tios e as respectivas esposas. Douglas contou ao portal R7 que sua mãe falou para ele sobre os sintomas no dia 15, domingo. Ela estava com dores pelo corpo. Logo na terça-feira já estava entubada no hospital.

No dia 24 a avó de Douglas faleceu, e a mãe dele resistiu até o dia 27. O médico acredita que avó tenha sido a primeira a apresentar sintomas, mas não quis preocupar a família, então não houve o devido cuidado em tempo de proteger os demais.

Publicidade

Douglas conseguiu se curar enquanto estava em isolamento em casa, sem trabalhar, depois de ter descoberto a doença. Um dos tios, de 62 anos, já está no hospital, respirando com a ajuda de aparelhos, mas as outras 3 pessoas ainda não apresentam sintomas, embora estejam infectadas.

Alerta ao descuidados

Depois de 14 dias em casa, nesta quarta-feira, dia 01/04, Douglas voltou a trabalhar. Ele disse na entrevista que a pior parte desse período foi não poder reunir a família para enterrar sua avó e sua mãe. Nem mesmo o pai dele foi ao enterro, pois é diabético.

Douglas conta que ele estava sozinho no cemitério, caixão lacrado, e foi tudo muito rápido, pois os funcionários também estavam com medo. Enquanto estava indo a caminho do enterro, Douglas ficou indignado ao ver as ruas cheias de pessoas andando juntas, se divertindo, como se nada estivesse acontecendo.

Talvez só quando alguém de dentro da sua casa for afetado e morrer que você vai se dar conta da realidade que é essa pandemia. Mas, aí já será tarde demais.

Publicidade

Portanto, todo cuidado é pouco. Douglas disse não saber como é que o vírus chegou em sua família, mas tem consciência de que dentro de casa não havia todos os cuidados necessários. Então, não basta ficar em casa. É preciso manter a higiene pessoal e o distanciamento do mesmo jeito.

Agora, Douglas está preocupado em manter o pai isolado, já que faz parte do grupo de risco, e espera não ter que passar por mais um luto em sua família em um período tão curto de tempo e por um motivo como este.

Veja também: medidas de contenção radicais poupam vidas na pandemia

Publicidade

PODE GOSTAR TAMBÉM