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Morre a primeira pessoa a receber coração de porco transplantado

David Bennett sobreviveu 60 dias com o órgão

Crédito: Arte WebIdeias

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Dois meses após o experimento inovador, morreu a primeira pessoa a ter um coração de porco transplantado. David Bennett, de 57 anos, faleceu nesta terça-feira (08) no Centro Médico da Universidade de Maryland, hospital que realizou a cirurgia. Os médicos responsáveis pelo caso não revelaram a causa exata da morte, dizendo apenas que sua condição de saúde começou a se deteriorar vários dias antes do óbito.

Mesmo sem garantia de que o procedimento funcionaria, o homem se submeteu à primeira cirurgia da história em que um humano recebeu um coração de porco geneticamente modificado. O filho de David elogiou a iniciativa do hospital, justificada pela escassez de órgãos disponíveis para transplante. “Somos gratos por cada momento inovador, cada sonho maluco, cada noite sem dormir nesse esforço histórico. Esperamos que esta história possa ser o começo da esperança e não o fim”, disse David Bennett Jr. em comunicado.

A princípio, o coração do porco estava funcionando bem, e o hospital chegou a divulgar atualizações sobre o estado de saúde do paciente. Bennett sobreviveu 60 dias com o órgão.

Médicos realizam primeira cirurgia de transplante de coração de porco em um humano

Há décadas, médicos estudam a possibilidade de usar órgãos de animais em transplantes que salvam vidas. Por ter insuficiência cardíaca e batimentos irregulares, além de histórico de não seguir instruções médicas, Bennett se tornou inelegível para transplante de coração humano e, sem essa tentativa inovadora, a morte seria certa.

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Como em todo transplante, seja com que método ou órgão for, rejeição, infecção e outras complicações são riscos eminentes para os receptores. A partir da experiência de Bennett, os médicos concluíram que o tratamento é possível, porém, requer mais pesquisas. “Obtivemos informações valiosas ao aprender que o coração de porco geneticamente modificado pode funcionar bem dentro do corpo humano enquanto o sistema imunológico é adequadamente suprimido”, disse o Dr. Muhammad Mohiuddin, diretor científico da Universidade de Maryland.

Veja também: Tipo de sangue não será mais barreira para transplantes, diz estudo

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