Menu

Confessor de caixão: saiba o que é essa profissão

Se você não tem coragem de contar certas coisas em vida, talvez esse seja o profissional para contratar antes de morrer

Crédito: Freepik

Publicidade

Muitas pessoas têm dificuldade em confessar seus “pecados” diante daqueles a quem magoaram ou cometeram qualquer tipo de erro. A vergonha, o medo ou mesmo o ego impedem essas pessoas de levarem uma vida mais leve após sua confissão, e com isso elas acabam levando seus erros para o túmulo.

Mas não significa que essas pessoas não queiram que a verdade seja dita, apenas não conseguem elas mesmas dizer. Então, o que se pode fazer é contratar um confessor de caixão, que vai ao velório e confessa o que o falecido não teve coragem de admitir em vida.

Um profissional do ramo

Crédito: Bill Edgar/Arquivo pessoal

Bill Edgar é um confessor de caixão que explicou melhor como essa profissão funciona, em uma entrevista para o programa Newsday, do Serviço Mundial da BBC. Ele teve a ideia de criar essa profissão quando trabalhava como detetive particular na Austrália, para uma pessoa com uma doença terminal.

“Começamos a falar sobre a morte, a vida após a morte e tudo mais. Então ele disse: ‘Eu gostaria de fazer algo para o meu funeral’. Sugeri que escrevesse seu próprio encômio (elogio)”, diz Bill.

Publicidade

Porém, não era sobre elogios a si próprio que o homem estava falando. Na verdade, o que ele tinha a dizer não seria do agrado de sua família e amigos. Então, mesmo que ele escrevesse uma carta, ela não seria lida em seu funeral.

“Então, me ofereci para falar em nome dele. Foi assim que tudo começou”, lembra Bill, que também diz ser muito bem pago para fazer o serviço.

A forma com que ele faz isso é bem simples: “em um ponto exato do funeral, eu me levanto, abro um envelope e leio exatamente o que o morto não conseguiu dizer em vida”.

O valor cobrado por Bill é de mais ou menos 7 mil dólares, equivalente a cerca de R$ 38 mil. O serviço inclui comparecer a funerais ou velórios, ler testamentos e também procurar objetos comprometedores, como pornografia, brinquedos sexuais, drogas, armas, dinheiro ou qualquer outra coisa.

Publicidade

Bill conta que um dos trabalhos mais marcantes que já teve foi quando uma pessoa lhe pediu para ler uma confissão envolvendo seu melhor amigo.

“Tive que dizer a ele para sentar e calar a boca e ouvir o que seu amigo me deixou para ler. E foi que seu melhor amigo estava tentando seduzir sua esposa enquanto este homem estava em seu leito de morte”, disse Bill.

É um trabalho perturbador, que não serve para qualquer um, até porque não é fácil conseguir clientes, afinal ninguém pode recomendar depois de morto. Mas, o pagamento é bom e Bill acredita que todo falecido tem o direito de dizer o que bem entender no seu próprio funeral, ainda que seja pela boca de outra pessoa.

Publicidade
Sair da versão mobile