A esquizofrenia é um transtorno mental crônico e considerado grave, essencialmente quando o paciente não realiza o tratamento adequado para seu controle. Afeta a forma de pensar, de sentir e o comportamento. Afeta também as pessoas que convivem com o paciente esquizofrênico, pois essa convivência exige certos cuidados e adaptações.
Sintomas de esquizofrenia
De modo geral, os sintomas aparecem entre os 15 e 35 anos de idade, mas também podem surgir na infância. Existem diferentes tipos de esquizofrenia, e os sintomas são divididos em 3 categorias: positiva, negativa e cognitiva.
Esquizofrenia positiva
Nessa categoria o paciente tem crises de alucinações e delírios, como ver, sentir e ouvir coisas que não estão realmente acontecendo ou presentes no ambiente; pensamentos desordenados e distúrbios de movimento, como agitação do corpo.
Esquizofrenia negativa
Nessa categoria estão os sintomas que interrompem as emoções e os comportamentos considerados normais, trazendo a redução do afeto, redução dos sentimentos de prazer no dia a dia, dificuldade em iniciar e manter atividades e redução na fala.
Esquizofrenia cognitiva
A memória e vários aspectos do pensamento do paciente podem ser afetados, dependendo do tipo e da gravidade da doença. Entre esses sintomas estão o baixo funcionamento intelectual, como a capacidade de compreender informações e usá-las para tomar decisões, e dificuldade para manter o foco, a concentração e a atenção em qualquer tipo de atividade.
Sinais de esquizofrenia
Apenas um médico psiquiatra pode diagnosticar e tratar um paciente com esquizofrenia, pois os sinais são bastante variados em cada caso. Podem surgir de forma abrupta, com vários sinais ao mesmo tempo, ou lentamente, com determinados sinais ao longo de meses ou anos.
Por isso é importante saber ao que ficar atento quando você convive com uma pessoa que possa ter essa doença. Veja alguns dos comportamentos mais comuns que um paciente esquizofrênico pode apresentar:
- Ouvir ou ver algo que não está lá;
- Uma sensação constante de estar sendo observado;
- Modo peculiar ou sem sentido de falar ou escrever;
- Posicionamento corporal estranho;
- Sentir-se indiferente a situações muito importantes;
- Deterioração do desempenho acadêmico ou profissional;
- Uma mudança na higiene pessoal e aparência;
- Uma mudança na personalidade;
- Aumento da retirada de situações sociais e isolamento;
- Resposta irracional, zangada ou com medo aos entes queridos;
- Incapacidade de dormir ou se concentrar;
- Comportamento inadequado ou bizarro;
- Preocupação extrema com a religião ou o ocultismo.
Como conviver com alguém com esquizofrenia?
A esquizofrenia ainda não tem cura, mas tem tratamento, que varia conforme a necessidade de cada paciente. Por isso, se você acredita que uma pessoa da sua convivência possa ter essa doença, a primeira coisa a fazer é orientar a procurar ajuda médica.
Nem sempre a própria pessoa é capaz de compreender que precisa dessa ajuda, então o ideal é conversar com quem possa levá-la ao psiquiatra.
Se você for a pessoa mais próxima, agende uma consulta e explique para a pessoa, quando ela estiver em um momento lúcido, que ela está apresentando sintomas e precisa de conselhos médicos para garantir a própria segurança e de todos que convivem com ela.
Quando o médico tiver um diagnóstico, ele irá orientar aos familiares que mantenham a pessoa dentro do tratamento recomendado, tanto com medicamentos quanto com as terapias. É muito importante que todo o tratamento seja mantido, pois só assim é possível manter as crises sob controle.
A partir desse momento, pesquisar e estudar sobre vários casos da doença passa a ser essencial para tentar compreender o que se passa na mente de uma pessoa esquizofrênica. Assim é possível perceber quando ela começa a ter uma crise, entender sua visão do mundo e saber como agir para ajudá-la a viver melhor e a viver melhor ao lado dela.
Em muitos casos, a pessoa esquizofrênica pode colocar a própria vida em risco, ou a vida de pessoas que convivem com ela, por conta das crises de alucinações e delírios. Por isso, é necessário que essa pessoa esteja sempre acompanhada, sendo cuidada, respeitada e mantida em segurança, e sempre sendo medicada e fazendo as terapias.
Saiba mais sobre o tratamento da esquizofrenia nesse vídeo da psiquiatra Dra. Maria Fernanda: