O bebê acabou de nascer e é natural que algumas mães tenham dúvidas sobre a amamentação. São muitas as lendas contadas às mães sobre o que elas devem comer ou em quais crenças populares acreditar para melhorar o momento íntimo que se dedicam a alimentar seus filhos. A verdade é que toda mãe sabe como amamentar, da mesma forma que seu bebê encontra o seio instintivamente, pelo cheiro de mãe.
Mesmo assim, há várias dicas que ajudam a tornar esse momento de conexão mais tranquilo, além de dúvidas para esclarecer e mitos para desmitificar.
Como amamentar corretamente com bons hábitos e boas práticas
A amamentação é um ato fundamental para a mãe e para o bebê, já que fortalece os laços de amor e fortalece o organismo, aumenta a imunidade, reduz os riscos de alergia, evita cólicas, entre muitos outros benefícios.
Mas também pode ser um momento desconfortável, como por exemplo quando a mãe está em lugar totalmente sem condições de sentar e amamentar ou quando o bebê machuca o mamilo. Então, veja dicas variadas sobre essas e outras questões que vão ajudar entender como amamentar da melhor forma possível.
1. Evite utilizar mamadeiras e chupetas no início
Algumas crianças passam por um problema chamado “confusões de bicos”, especialmente no primeiro mês de vida, e apresentam dificuldade de aceitar o seio após mamar em mamadeiras. Isso acontece porque, no seio, o bebê precisa sugar o leite, enquanto na mamadeira ele flui muito mais fácil.
2. Evite estresse e situações de nervosismo
Isso pode causar uma diminuição na quantidade de leite produzido. O que ocorre é que o estresse aumenta o nível de adrenalina no corpo que, por sua vez, reduz o nível de ocitocina, hormônio responsável pela liberação do leite.
3. Prepare-se para o momento da amamentação
Sempre que for possível, escolha um ambiente tranquilo, silencioso e confortável para amamentar seu bebê. É importante que a mãe possa se dedicar unicamente ao filho nesse momento de forte conexão entre eles. Além de contribuir para os laços afetivos, ajuda o bebê a mamar melhor também, até estar satisfeito.
4. Treine a pega correta
Em quase todos os casos, a pega correta do bebê no seio garante o sucesso da amamentação. Para isso, o bebê deve ser posicionado com o corpinho voltado para a mãe, barriga com barriga. A cabeça deve ficar na altura do seio e o bumbum mais para baixo. É importante que o bebê consiga abocanhar toda a aréola, não apenas o bico.
5. Não pode ter barulho na boca do bebê nem dor na mãe
Não é normal que o bebê fique fazendo estalos com a boca ao mamar, como se estivesse entrando ar. Quer dizer que a posição dele não está adequada, então, retire-o gentilmente do peito e melhore a posição seguindo as dicas anteriores. Da mesma forma, a mamada não é para ser um momento de dor para a mãe. Se estiver acontecendo, a pega não está correta, talvez por causa da posição.
6. Água e mais água
Principalmente no momento da amamentação é comum que a mãe sinta muita sede. Então, na hora de se preparar para amamentar, lembre-se de pegar uma garrafa com 2 litros de água e deixar ao lado. Assim evita ter que se levantar para pegar mais, caso precise. A sede exagerada é normal porque o corpo precisa ir depondo líquido ao mesmo tempo em que o bebê vai mamando o leite, pois a produção precisa continuar.
7. A mãe precisa descansar
Hoje em dia as mães estão cada vez mais esclarecidas sobre o que é normal e o que não devem sentir vergonha sobre a maternidade. Querer descansar entre uma mamada e outra é uma dessas questões que muitas mães não se permitiam, mas a verdade é que dar de mamar é cansativo e a mãe deve sim descansar entre uma mamada e outra para não prejudicar sua produção de leite.
8. Evite bicos artificiais
Muitas mães pensam que, ao usarem bicos artificiais de silicone para amamentar seu bebê, irão evitar que o mamilo seja machucado, mas não é bem assim. Os bicos artificiais não permitem a pega correta, da aréola toda, pela boquinha do bebê, o que pode impedi-lo de mamar a quantidade necessária. Além do mais, dentro do bico artificial o da mãe fica achatado, podendo aumentar as fissuras.
9. Passe a se alimentar ainda melhor
A qualidade do leite está diretamente ligada à alimentação da mãe. Quanto mais saudáveis forem as refeições dela, mais saudável será o leite para o bebê. Aliás, até mesmo no sabor do leite os alimentos influenciam, então é bom evitar condimentos muito fortes.
10. Não se assuste se a amamentação deixar seus seios “murchos”
Isso não é uma regra, mas pode acontecer com algumas mulheres. Após o fim da produção de leite, o seio volta ao tamanho normal, mas a pele pode ficar um pouco flácida.
11. É importante amamentar seu bebê o máximo possível
Até os 6 meses de vida o bebê só deve recebe leite materno, mais nada. Essa regra só pode ser quebrada em casos muito específicos e sempre mantendo o acompanhamento com o pediatra para saber quais as melhores opções de substituição do leite em cada caso.
Depois desse período a mãe pode continuar oferecendo o leite e ir adicionando as papinhas até os dois anos de idade, aproximadamente. Se for continuar o aleitamento, os alimentos sólidos vão sendo alterados, mas o único leite oferecido deve ser o da mãe.
12. Sobre a idade certa para deixar de amamentar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não existe um limite. Ao longo da história, estudos antropológicos e arqueológicos mostram que as crianças eram alimentadas pelas mães até os 5 ou 7 anos de idade.
Hoje em dia essa não é mais uma prática comum, mas as mães não devem se preocupar em ter que parar de amamentar aos 2 anos de idade do filho porque eles podem ficar afetivamente muito dependentes um do outro. Ela apenas deve ter o cuidado de continuar oferecendo um leite materno de qualidade e, em paralelo, uma alimentação saudável e equilibrada para a criança também.
13. Cuidado com os mitos
Não embarque nas lendas urbanas que afirmam que algumas bebidas alcoólicas auxiliam na produção de leite. O que auxilia essa produção é uma alimentação saudável e adequada. É imprescindível que você consuma bastante água e não cervejas e afins, que contêm álcool e não são recomendadas durante a gravidez ou a amamentação.
14. Prótese de silicone
Caso você tenha reduzido os seios ou aumentado com silicone, não se preocupe. É lenda a história de que quem passou por esses procedimentos cirúrgicos terá dificuldade em amamentar. A redução dos seios e a aplicação de silicone não prejudicam a glândula mamária, logo, não interferem na amamentação. Mas lembre-se sempre de realizar esses procedimentos com médicos confiáveis para não haver lesões nas glândulas dos seios.
15. Amamentar é cuidar da saúde
Mais uma grande vantagem é que, amamentar, além de ser um dos momentos mais gostosos entre mães e filhos, ainda previne o câncer de mama. Segundo os especialistas, isso ocorre devido à quantidade reduzida de hormônios aos quais o corpo da mulher se expõe nesse período.