Muitas pessoas sofrem com a perfuração do tímpano, que pode levar à surdez. Ainda bem que a ciência tem solução para grande parte dos casos, e uma das soluções mais inovadoras é o tímpano artificial.
Esse novo produto foi criado por cientistas alemães, no Centro de Pesquisa do Ouvido de Dresden. Por enquanto a tecnologia está em fase de testes, mas a previsão é de que esteja disponível ao público geral dentro de cinco ou seis anos.
O tímpano artificial é feito de proteínas dos casulos do bicho da seda e plástico biodegradável e poderá usado em cirurgias de reconstrução para pessoas que tiveram lesões e perderam a audição.
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No Brasil, o médico Ricardo Bento, chefe do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explicou como funciona o novo tímpano artificial alemão:
“Você vai colocar esse material simplesmente para que haja a formação da pele do tímpano sobre ele. Esse material serve de ponte para o crescimento da pele até sua cicatrização”.
Para compreender é melhor, é válido saber que uma lesão no tímpano pode ocorrer por diferentes motivos, como infecções, mergulhos profundos, um tapa na orelha e a inserção de objetos no canal auditivo, como muitas crianças costumam fazer.
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Quando algum acidente assim ocorre, muitas vezes, a pele do tímpano se reconstitui sozinha e a pessoa volta a ouvir normalmente, de forma natural. Mas, quando isso não acontece, é necessário refazer o tímpano.
Já existe uma solução para a reconstrução do tímpano, mas é diferente. Os médicos utilizam um implante que é produzido com a cartilagem do próprio corpo. O problema é que esse tipo de implante nunca terá as características de um tímpano original.
“Isso resulta em uma certa deficiência auditiva após a operação”, explicou Marcus Neudert, diretor médico de Ear Research Center Dresden, Alemanha.
Agora, com o tímpano artificial, que é um implante inovador, composto de proteínas dos casulos do bicho da seda e plástico biodegradável, é melhor. Esta nova tecnologia vibra com mais intensidade e imita exatamente o tímpano original.
Agora é esperar que a fase de testes continue sendo um grande sucesso e torcer para que essa solução se torne popular e acessível para quem precisa, mas não pode pagar por tratamentos e cirurgias caras.
Fonte: Jornal da USP