Religiosos creditam que todos vamos para algum lugar após a morte, e lá encontraremos entes queridos para passar a eternidade ou para reencarnar. Mas esta ideia, muitas vezes, vai contra ao que a ciência e a medicina acreditam.
Mesmo com opiniões divididas, são muitas as pesquisas sobre esse assunto intrigante a todos os humanos. Um dos trabalhos mais reconhecidos é o da psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004), que ajudou a formar diversos estudos sobre o tema, incluindo a publicação de 5 livros.
Relatos de experiências de quase morte
De crianças a idosos, os relatos de pessoas que sofreram algum acidente ou estavam na mesa de cirurgia e “morreram” por alguns minutos, mas chegaram a ver “o outro lado” e voltaram à vida porque não tinham terminado sua missão, foram dando contexto ao trabalho da psiquiatra suíça Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004).
A Dra. Elisabeth foi pioneira ao tratar muitas pessoas com doenças em estágio terminal, o que a motivou, no final de sua carreira, a estudar a vida após a morte. Através de pesquisas, ela conheceu mais de 20 mil casos de pessoas que passaram por uma experiência de quase morte. Pessoas de 2 a 97 anos, de religiões diferentes ou mesmo ateias.
Independente da razão pela qual a quase morte tivesse acontecido, os relatos das pessoas afirmavam que não havia medo ou dor. As pessoas diziam sair do corpo físico e até verem-se mortas no ambiente em que estavam, como se simplesmente tivessem deixado um casulo e se afastado para tornarem-se borboletas.
Algumas relatam o encontro com familiares que já estavam falecidos, e que veem-se em um lugar bonito e tranquilo, tal qual nos é relatada a visão do céu.
Vários casos estudados pela Dra. Elisabeth são de cadeirantes, pessoas cegas, com câncer ou esclerose múltipla. Elas relatam que nessa experiência de quase morte, estavam com a saúde plena, com os sentidos e movimentos em perfeito funcionamento.
Então, por alguma razão, voltaram ao corpo do qual saíram por instantes, sem ter exata noção do tempo que se passou, e ficaram apenas com essa lembrança, passando a acreditar que aquela experiência é o que realmente acontece quando cada um de nós parte desse plano físico.
Relatos de quase morte são provas para a existência de algo além?
A ciência não pode explicar como alguém que já não apresenta mais sinais cerebrais possa ainda ter consciência para experimentar a quase morte, considerando que acreditam que esta é apenas uma vivência da vida, criada pelo cérebro e motivada pelos diferentes sentimentos que nos afetam quando vivenciamos uma situação extrema.
Mas considerando que seja realmente uma experiência da alma, que independe da consciência do corpo físico, tudo é possível, mesmo que não seja fisicamente provável.
Com estes relatos documentados durante os anos de pesquisa da Dra. Elisabeth e a relevância do estudo liderado por ela, seu trabalho impulsionou diversas mudanças na área médica e científica, relacionadas ao tratamento mais humanitário que as pessoas devem receber em hospícios, em corredores da morte ou pessoas com doenças em estágio terminal.
Três anos após a sua morte, no ano de 2007, a médica foi eleita para o Women of the Hall, dos Estados Unidos, país onde exerceu sua profissão.
Mesmo com os estudos e relatos, as razões que podem fazer uma experiência extraordinária como a quase morte acontecer, ainda são um mistério. Mas o fato é que os relatos existem, e mesmo com as opiniões adversas, só nos resta escolher acreditar ou não.
E você, no que acredita? Já passou por alguma experiência parecida ou conhece alguém que tenha passado? Compartilhe sua opinião.