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Ciclos de jejum prometem revolucionar o tratamento do diabetes

Já conhece essa nova esperança que promete regenerar e recuperar o pâncreas?

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Boas notícias! Uma nova dieta promete regenerar o pâncreas e fazer com que os sintomas de diabetes levem sumiço. Recorrendo a pequenos ciclos de jejum intercalados, uma equipe de investigadores do Estados Unidos crê ser capaz de dar uma nova vida a um pâncreas que foi minado por essa doença.

Jejum permite recuperação do pâncreas

As experiências feitas por esse grupo de pesquisadores não mentem: recuperando o pâncreas, os sintomas do diabetes desaparecem. Está parecendo bom demais para ser verdade? Os resultados desse estudo já foram publicados pela revista científica Cell.

De acordo com esses profissionais da Universidade do Sul da Califórnia o que esse regime de jejum faz é reiniciar o organismo. É isso mesmo, tal e qual como você faz com o seu computador. E os resultados? São muito promissores, mesmo! Em suma, uma nova esperança para quem é afetado por essa doença terrível, e com bônus. Porque essa dieta é ainda ótima a retardar o envelhecimento.

O acompanhamento médico é determinante para a obtenção de bons resultados

No entanto, fica a ressalva. Antes de ingressar nessa dieta, é recomendado que todos os interessados tenham uma conversa sincera com seus médicos. O acompanhamento vai ser fundamental. Não fica difícil imaginar que nem todo o mundo lida com facilidade com uma dieta que simula o jejum. Nem todos os organismos vão reagir bem à privação de alimentos, mesmo que essa não seja total.

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Dieta de ciclos de jejum pode ser tratamento eficaz para o diabetes

O estudo foi realizando tendo, inicialmente, ratos como cobaia. Durante os primeiros cinco dias, os animais foram alimentados com ingredientes pouco calóricos e com baixos níveis de proteínas e carboidratos. Para balancear, foram compensados com gorduras instauraras como azeite de oliva, castanha-do-pará e abacate. No fundo, adotaram uma dieta muito similar à vegetariana na base de frutos secos e sopas, com a restrição de 800 a 1100 calorias por dia.

Passado esse tempo, seguiu-se uma espécie de período de pausa com a duração de 25 dias. Nessa fase a alimentação dos ratos não foi restringida nem controlada e eles puderam comer um pouco de tudo.

Regeneração do pâncreas

De que forma é que o regime afetou os animais? Foi detectada a regeneração das células betas no pâncreas. Ou seja, das células que fazem o reconhecimento do açúcar do sangue e que liberam a insulina, caso o nível seja elevado.

Os cientistas concluem que a passagem de um estado de extremo para o outro, de um estado de privação para um em que podem comer de tudo, faz com que o organismo seja reprogramado. E isso é deveras importante porque, de acordo com Valter Longo, um desses especialistas, “permite recuperar parte de um órgão que não estava mais funcionando”.

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Diabetes tipo 1 e tipo 2

Os testes efetuados nos ratos são promissores tanto para portadores de diabetes do tipo 1 como do tipo 2. Na primeira situação as células beta são parcialmente ou totalmente destruídas, o que vai fazer com que o organismo não consiga produzir insulina. Geralmente, essa variação é diagnosticada na infância ou adolescência. Para controlar os níveis de glicose são administrados medicamentos e insulina. A prática de esporte e uma dieta equilibrada também fazem parte das recomendações.

O tipo 2 ocorre mais frequentemente em adultos. Por norma está associado um estilo de vida que inibe a produção de insulina. Segundo dados emitidos pela Sociedade Brasileira de Diabetes, 90% dos diabéticos têm o tipo 2. Que cuidados devem ter os doentes? Praticar exercício e seguir uma dieta específica para o seu caso. Em algumas situações, pode ter necessidade de compensar a insulina.

Dieta aplicada aos humanos

Bem, mas será que a experiência foi apenas realizada em ratos? Tudo bem que os efeitos foram muito positivos e prometem revolucionar o tratamento dessa condição. Mas o que funciona com os ratos podem não ter tanto impacto no organismo do ser humano.

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Repórter da BBC entra abordo da investigação

Peter Bowes, repórter da BBC, foi submetido a essa experiência. A cada ciclo de 5 dias de jejum comia apenas 1/4 do que as pessoas comem normalmente. Foi perdendo 2 a 4 quilos de cada vez, acabado por recuperar o peso original durante os 25 dias de intervalo. Porém, os outros benefícios da dieta foram mantidos. Foi registrado uma diminuição da pressão sanguínea e uma redução do hormônio IGF-1, associado ao câncer.

Terá esse sido um desafio muito exigente? De acordo com Bowes, nem por isso.”As refeições que eu fiz durante os dias de jejum foram muito pequenas e não tinham nada de extraordinário. Mas eu ficava feliz só por ter algo para comer”, desabafa.

71 pessoas revelaram melhorias

Mas a aplicação em humanos desse regime não se ficou por aí. A experiência foi realizada em 71 voluntários durante três meses, e os níveis de açúcar registraram melhorias.

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Emily Burns, responsável da Organização de Diabetes do Reino Unido, contém o seu entusiasmo, reforçando que ainda tem muito para determinar. No entanto, não hesita em afirmar que os portadores de diabetes tipo 1 e 2 vão certamente beneficiar dos “ tratamentos que possam reparar ou regenerar as células produtoras de insulina no pâncreas”.

Essa matéria é do seu interesse? Fique sabendo que mitos são normalmente associados a essa doença.

Está sentindo essa nova esperança? Espalhe essa notícia! Compartilhe!

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