Já falamos aqui sobre um tipo de imunoterapia chamado Car-T, que é um tratamento menos invasivo contra alguns tipos de câncer, baseado em levar o próprio organismo do paciente a identificar e combater a doença.
Porém, não representa a forma mais acessível de tratar o câncer, além de exigir alguns meses para saber se está fazendo efeito, diferentemente da quimioterapia, em que o efeito pode ser visto através de uma tomografia depois de três ou quatro aplicações.
Então, mesmo que ainda seja um tratamento caro, pelo menos a questão de agilidade na resposta do organismo está sendo resolvida.
Assim, o paciente não precisa ficar fazendo o tratamento por meses – e pagando uma fortuna por isso – se não estiver surtindo o efeito esperado.
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Biossensores identificam se a imunoterapia está funcionando
Pesquisadores do departamento de Engenharia Biomédica da Georgia Tech e Universidade Emory, nos Estados Unidos criaram biossensores sintéticos que, acoplados ao remédio, foram capazes de sinalizar de forma rápida se o tratamento está ou não funcionando.
A novidade, que foi publicada na revista científica Nature Biomedical Engineering, funciona da seguinte forma: os biossensores atuam como uma espécie de chip e são anexados aos medicamentos. Quando chegam ao tumor, caso o organismo esteja respondendo à terapia eles são ativados e passam a liberar substâncias que se concentram na urina.
Isso acontece porque os biossensores são ativados por enzimas produzidas pelos linfócitos T de defesa, que apenas estão presentes na região do tumor caso as células do sistema imunológico estejam atuando.
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Conforme explicou o autor do estudo e professor da universidade, Gabe Kwong, em um comunicado, “quando olhamos para a urina, recebemos sinais muito concentrados, que aumentam ou diminuem, correspondendo se os pacientes estão respondendo ou não ao tratamento do câncer”.
Por enquanto, a novidade ainda não está disponível no mercado para auxiliar nos tratamentos de câncer, pois necessita passar por mais testes. O uso dos biossensores já se mostrou viável como tecnologia, mas agora é preciso testá-lo na prática.
De qualquer forma, essa é uma novidade de grande interesse para a oncologia atualmente, e os pesquisadores estão trabalhando para que logo seja um método disponível – e até acessível no futuro – para tratar o câncer com mais eficácia e rapidez.
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Fonte: O Globo Saúde