Já sabemos que, com o passar dos anos, o cérebro vai reduzindo suas capacidades e isso reflete no corpo inteiro. Mas, diferente do que que se pensava, um estudo sugere que o cérebro continua “afiado” até por volta dos 60 anos, e não até os 20 ou 30 anos.
Uma pesquisa publicada na revista Nature Human Behaviour contraria estudos anteriores, que acreditavam que a velocidade do processamento mental começava a diminuir logo no início da vida adulta.
Os pesquisadores estudaram 1,2 milhão de pessoas, com idades entre 10 e 80 anos, e revelaram que a velocidade mental permaneceu relativamente estável entre 30 e 60 anos — embora a cautela na tomada de decisão tende a aumentar com a idade.
Atividade física melhora as estruturas do cérebro
Como foi conduzido o estudo sobre a agilidade do cérebro
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, usaram uma tarefa on-line para estimar o tempo de tomada de decisão das pessoas.
Eles mostraram aos participantes uma série de imagens on-line e pediram a eles que as colocassem em duas categorias — boa ou ruim —, apertando botões diferentes para isso.
Os pesquisadores analisaram três fatores nessa tarefa, pois ela envolve processos distintos:
- Velocidade mental: definida como a taxa na qual processamos informações para tomar uma decisão;
- Cautela na decisão: que analisa o tempo necessário para considerar as informações antes de tomar uma decisão;
- Tempo: envolvido em, de fato, apertar o botão.
Os resultados
Usando cálculos matemáticos, os pesquisadores descobriram que, embora o tempo médio para concluir a tarefa como um todo tenha piorado após os 20 anos, a velocidade mental de processamento de informações não começou a diminuir até os 60 anos.
Pessoas com menos de 18 anos eram menos cautelosas e mais dispostas a abrir mão da precisão em prol da velocidade. A cautela nas decisões aumentou entre 18 e 65 anos.
Claro, não são apenas esses fatores envolvidos em uma tomada de decisão. Há variáveis, como opiniões previamente formadas, que ajudam o cérebro a ser mais ágil, além de particularidades cerebrais de cada pessoa.
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Fonte: UOL Viva Bem