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Ceratocone: saiba que é, causas, sintomas e tratamentos dessa doença

Essa é uma condição que pouca gente conhece por ser rara. Saiba mais sobre ela e descubra se conhece algum portador

Crédito: Freepik

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Algumas doenças afetam o corpo humano com menos frequência do que outras e, por isso, são consideradas raras. Por causa disso elas não ficam tão populares, mas mesmo assim é importante buscar saber, pelo menos, o que são, sintomas, causas e tratamentos. Esse é o caso do ceratocone, uma doença ocular rara.

Veja também: tipos, sintomas e tratamentos de câncer no olho

O que é?

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o ceratocone é um distúrbio que ocorre na córnea (parte colorida do olho), causando seu afinamento e alongamento para fora, resultando no seu abaulamento em forma de cone, por isso o nome da doença.

Também chamado de distrofia contínua e progressiva, esse distúrbio costuma ocorrer nos dois olhos e de forma assimétrica. Vistos de perfil, os olhos da pessoa parecem mais compridos para frente, somente na parte colorida.

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Causas

Crédito: Viallure

O ceratocone é uma condição rara que afeta entre 4 e 600 pessoas a cada 100 mil em todo o mundo. Apenas 8% dos casos apresenta histórico familiar da doença, mas é o suficiente para sugerir que ela possa ter causa genética. Esse distúrbio apresenta maior incidência em pré-adolescentes e jovens entre 13 e 18 anos, progredindo por um período de 6 a 8 anos e depois se estabiliza.

Por ser uma doença rara, ainda são feitos muitos estudos para descobrir a principal causa, mas os especialistas acreditam na possibilidade desse distúrbio ter relação com doenças sistêmicas como síndromes de Turner, de Down, Ehlers-Danlos, Marfan, além de atopias, osteogênese imperfeita e prolapso da válvula mitral. Alguns são nomes estranhos, mas o fato é que são condições oculares consideradas fatores de risco para o ceratocone.

Sintomas

É importante estar atento à necessidade do paciente em mudar com frequência as lentes de seus óculos ou à redução de sua tolerância às lentes de contato, pois esse é um dos sintomas da doença. Outros sintomas são observados apenas pelo oftalmologista, que são:

Reflexos incomuns em exames

A pessoa com essa condição apresenta reflexo em “gota de óleo” quando realizada a oftalmoscopia direta e reflexo irregular “em tesoura” à retinoscopia.

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Linhas de Vogt

São estrias estromais, verticais, finas e profundas que o médico observa dentro do olho do paciente.

Anel de Fleischer

São depósitos epiteliais de ferro ao redor da base do cone que se formou.

Sinal de Munson

Esse é o abaulamento da pálpebra inferior que se percebe quando o paciente olha para baixo.

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Sinal de Rizutti

É um reflexo cônico visto precocemente na córnea nasal, quando se ilumina diretamente a córnea temporalmente, também visto pelo médico durante a consulta.

Ceratocone tem cura?

Esse problema não tem cura, mas tem tratamentos que podem parar a evolução da condição, permitindo que o paciente tenha uma adaptação mais tranquila às novas capacidades da sua visão. Veja quais são os tratamentos no tópico a seguir.

Tratamentos

Nos casos em que o paciente busca ajuda precocemente, que são os casos mais brandos, os tratamentos são feitos sem necessidade cirúrgica, mas também pode ser necessário operar.

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Uso de óculos ou lentes de contato especiais

Inicialmente o médico poderá prescrever um óculos específico para as necessidades do paciente naquele momento. Quando há presença de astigmatismos maiores, são usadas lentes de contato rígidas fáceis de adaptar, inclusive, há no mercado lentes próprias para essa condição.

Cirurgia de implante

De acordo com o Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, essa é uma boa opção para os pacientes que não obtiveram resultado com os óculos e não conseguiram se adaptar às lentes. É uma cirurgia pouco invasiva em que os médicos implantam um anel intracorneano, ou seja, que é fixado no interior do tecido da córnea, para que ele interrompa o avanço da condição, ajudando a córnea a voltar o mais próximo do normal possível, embora não volte 100% ao normal.

Cirurgia de transplante

A cirurgia consiste no transplante penetrante de córnea. Esse procedimento, por ser muito delicado, é recomendado apenas nos casos em que as lentes não conseguem resultado e o implante não vai trazer grande melhora. Depois de operar, o paciente deve continuar usando lentes de contato específicas para enxergar com mais qualidade.

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Pode cegar?

Sim, se a condição não for tratada mantendo o acompanhamento médico, pode acabar debilitando ou limitando a visão ao ponto de não haver mais graus de óculos suficientes para permitir que a pessoa enxergue. Mas essa condição não causa danos permanentes ao nervo óptico.

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