Ter o celular roubado, no Brasil, é muito comum. Mas, não tem como se acostumar e não ficar abalado quando acontece com você.
Além do investimento perdido – já que os aparelhos custam “os olhos da cara” –, os seus dados pessoais e tantas informações íntimas e importantes vão parar nas mãos de sabe-se lá quem.
Então, quando acontecer um roubo ou furto de celular, comece fazendo o que é certo, ao invés perder tempo esperando que alguém resolva para você.
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Os dados alarmantes justificam a preocupação
Segundo um estudo do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), só na cidade de São Paulo foram registrados 66.107 furtos de celulares em 2021, um aumento de 3,3% em relação a 2020.
Os registros de roubos de aparelhos (quando há ameaça ou violência à vítima) atingiram 90.711 ocorrências em 2021.
Uma pesquisa da empresa de segurança PSafe apontou que, em fevereiro de 2022, o Brasil registrou 36 mil bloqueios de aparelhos por dia por conta de tentativas de golpes financeiros.
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Celular roubado: o que fazer?
É importante prevenir o roubo de celular, tomando alguns cuidados básicos, como manter o celular bem guardado no bolso ou na bolsa, bem junto ao corpo, sempre que estiver em um local público. Mas, se não puder evitar, tome as seguintes providências:
Bloqueie o celular
Caso você tenha o celular roubado ou furtado, o primeiro passo é bloquear o aparelho imediatamente após a perda. Entre em contato com a operadora pedindo o cancelamento do chip para que o celular seja inutilizado.
Mude a senha dos aplicativos
Normalmente, aplicativos de bancos não são autenticados de maneira automática. Mas outras ferramentas, como e-mail e redes sociais, permitem que a senha seja modificada por quem está com o aparelho, por meio de autenticações por SMS.
Então, é melhor mudar logo todas as senhas possíveis, usando o site dos aplicativos no seu computador.
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Informe ao banco sobre o roubo do celular
Ligue para o seu banco ou outra instituição financeira na qual tenha conta e avise que seu celular foi roubado. O banco pode bloquear o aplicativo no celular e também possíveis transferências que o criminoso tente realizar para contas de terceiros.
Avise parentes e amigos próximos
Muitas vezes, os criminosos descobrem o contato de familiares em aplicativos de mensagens ou redes sociais e entram em contato para tentar aplicar algum golpe, pedir dinheiro ou informações bancárias. Deixe todos avisados.
Faça um Boletim de Ocorrência
Registrar o roubo do seu celular em um Boletim de Ocorrência (BO) é essencial para comprovar que o delito foi cometido. O documento é exigido em caso de resgate de seguros e também para informar os bancos em caso de transferências bancárias pelo Pix sem autorização do dono da conta.
O golpe do Pix aumentou o roubo de celular
Já explicamos em outra matéria como funciona o golpe do Pix, mas vamos resumir, caso você não tenha ouvido falar ainda.
A ferramenta digital mais comum para aplicação do golpe do Pix se chama capturador de sessões. Nela, o golpista envia um PDF ou um e-mail para a vítima com um arquivo que, caso seja aberto, vai infectar seu celular de alguma forma.
Com o vírus implementado, quando a vítima abrir um aplicativo de banco, o invasor automaticamente receberá uma notificação em sua tela, informando que a vítima abriu uma sessão no banco.
O hacker então captura a sessão daquela pessoa, com a combinação de senhas, para conseguir obter acesso à conta dela. Ele consegue usar o computador da própria vítima para acessar o site do banco e fazer transferências via Pix.
Então, grande parte dos roubos de celular que estão acontecendo atualmente são para que quadrilhas especializadas apliquem o golpe do Pix.
A plataforma surgiu em 2020 e já estamos tendo que lidar com um problema de segurança como esse. Fora os casos que estão surgindo de pessoas que usam o Pix para enviar mensagens indesejadas e cometer crime de perseguição.