Conhecer as causas da enxaqueca é meio caminho andado para saber como viver com o problema. Só nas últimas décadas é que o mistério dessa terrível condição começou a ser desvendado, mas ainda há muito trabalho a fazer. O objetivo principal deve ser sempre oferecer mais qualidade de vida a quem tem que conviver com as dores e com os desconfortos.
Quem sofre de enxaqueca tem o cérebro mais sensível aos estímulos, o que também provoca transtornos emocionais, como ansiedade e depressão. Essa sensibilidade acontece porque as ligações elétricas entre os neurônios são mais intensas. A dor provocada é latejante e incapacitante. Pode causar náusea e vômito, além de evoluir para a enxaqueca crônica.
10 Causas da enxaqueca
As causas da enxaqueca, na verdade, ainda não estão totalmente claras. As investigações científicas ao longo dos anos deram conta de que ela tem um caráter genético e hereditário. Por isso é bastante comum ouvir que várias pessoas da mesma família sofrem com o problema.
Normalmente a origem da doença é confundida com os seus gatilhos, ou seja, os fatores que desencadeiam as crises. Eles estimulam o cérebro em demasia, e a resposta é um processo neuroquímico complexo que caracteriza a condição.
A melhor forma de conviver com a enxaqueca é conhecendo os elementos que provocam as crises e aprendendo a geri-los. Confira abaixo os 10 principais e saiba por que ameaçam o bem-estar de muitos.
1. Estresse
O corpo e o estado emocional são levados a situações extremas de tensão. É o principal gatilho da doença. Para evitar as crises, os médicos recomendam associar o tratamento convencional ao biofeedback, uma mistura entre controle da intensidade cardíaca com exercícios respiratórios, para relaxamento do corpo.
2. Alterações hormonais
As diferenças hormonais nas várias fases da vida das mulheres fazem delas as principais vítimas da enxaqueca. Essas mudanças provocam dilatação ou constrição dos vasos sanguíneos. O desequilíbrio pressiona o cérebro, desencadeando uma crise da doença. Especialmente no período menstrual, o problema pode surgir com mais intensidade, tal como na gravidez.
A maior parte dos relatos dá conta que a doença inicia junto com a primeira menstruação, na adolescência, e praticamente some depois da menopausa. No entanto, pode ser justamente essa última fase a desencadear os ataques.
3. Jejum prolongado
A queda de glicose no sangue, provocada pela falta de alimento, reduz a energia que o corpo precisa para funcionar e faz subir os níveis de adrenalina. O fígado queima gordura para gerar a energia necessária, mas também passa a criar toxinas que estimulam os nervos.
Tudo isso é suficiente para que surjam sintomas como ânsia de vômito e visão com pontos luminosos, prenunciando uma crise de enxaqueca. Uma alimentação equilibrada e a redução dos períodos de jejum são a melhor solução.
4. Mudanças climáticas
Troca muito rápida de temperatura exige que o cérebro trabalhe intensamente, para que o corpo se adapte. Podem ser mudanças como quando se sai de um ambiente refrigerado para o exterior, por exemplo, ou durante uma viagem a um local de clima bastante diferente do que está acostumado.
5. Privação de sono
Dormir pouco ou ter não ter horários certos para ir para a cama fazem o cérebro trabalhar mais. Por ser mais sensível, a pessoa com enxaqueca precisa descansar convenientemente. Essa é a única maneira da mente absorver e filtrar todos os estímulos recebidos durante o dia. Uma rotina regrada ajuda o corpo a ir relaxando e a ir se preparando para o momento de repouso.
6. Atividade física muito intensa
Depois de fazer algum esforço físico, é normal sentir a cabeça latejando. Isso acontece porque a atividade aumenta o fluxo sanguíneo e, normalmente, passa depois de algum tempo de repouso. Em quem sofre de enxaqueca, a questão infelizmente não fica por aí, pois logo começam a surgir os sintomas da crise.
A prática de esportes, especialmente os que exigem mais vigor e concentração, deve ser acompanhada por um profissional de saúde. O tratamento da condição, se realizado adequadamente, pode reduzir a regularidade e a intensidade das crises.
7. Cheiros fortes
A sensibilidade das pessoas que sofrem com enxaqueca manifesta-se das mais diversas formas. Até mesmo o perfume de uma pessoa desconhecida que divide o espaço no elevador, por exemplo, pode ser suficiente para resultar em uma crise posteriormente. O odor serve de estimulante para o cérebro e os efeitos são desastrosos.
8. Excesso de estímulos visuais
Muito tempo na frente da televisão e do computador, excesso de claridade e mesmo a luz do sol podem ser uma verdadeira ameaça para a saúde de quem sofre com enxaquecas. É preciso um esforço concentrado nos músculos ao redor dos olhos para tentar ajustar a visão.
O ato gera uma tensão na região que muito provavelmente culmina com uma crise. Por esse motivo, vale a pena investir em óculos escuros e evitar longas exposições a telas de aparelhos eletrônicos.
9. Abalo emocional
Uma “simples” má notícia pode acabar com dia de uma pessoa que sofre com enxaqueca. A alteração no estado emocional é mais do que suficiente para desencadear reações neuroquímicas e, claro, um ataque da doença.
É por isso que é muito comum que quem tenha transtornos de ansiedade e depressão também tenha essa doença tão debilitante.
10. Determinados alimentos
Alimentação é tudo, para o bem e para o mal. É preciso sempre considerar os seus efeitos no organismo, seja a curto, a médio ou a longo prazo. No caso de quem sofre com enxaquecas, esse cuidado deve ser redobrado, pois há alimentos bastante comuns que podem causar reações desagradáveis.
Produtos industrializados com excesso de sódio, corantes, aditivos, cafeína e álcool não são recomendados por estimularem a excitação do cérebro. Frutas com elevado teor de vitamina C também devem ser evitadas pelo mesmo motivo.
Por outro lado, a alimentação pode ajudar a evitar novas crises. Deve-se dar preferência a alimentos de origem natural e com efeito anti-inflamatório e antioxidante. Alimentos funcionais como chia, linhaça, peixes gordos e oleaginosas são excelentes aliados na busca por mais qualidade de vida.
Vale ressaltar que nem todas as pessoas reagem da mesma forma a determinados alimentos e estímulos. A melhor maneira de ter a certeza sobre os fatores desencadeadores e causas da enxaqueca no seu caso é consultando um especialista em cefaleias, pois as dicas do site não substituem um diagnóstico médico. Apenas um profissional de saúde está habilitado para identificar o seu quadro e prescrever o melhor tratamento.