Os especialistas analisaram escritos literários, sobretudo gregos e egípcios, mas também anteriores a essa época e constataram que, por muitas múmias que analisassem, era só um caso de câncer que encontravam. Esta conclusão foi também um acontecimento memorável, pois, pela primeira vez na História, foi diagnosticado um câncer numa múmia egípcia. Curioso, você não acha?
Este caso único da múmia foi descoberto pelo Prof. Micherl Zimmerman e a patologia tratava-se de um câncer do reto. Calcula-se que a múmia seja de uma pessoa que viveu na época ptolomaica. Por isso, este professor afirma que os cânceres (se os houvessem nesse tempo) seriam bem notórios numa múmia, já que não existiam tratamentos nessas épocas para os mesmos. Ele vai mais longe e afirma que as doenças malignas seriam raras em períodos antigos.
Estas conclusões foram tiradas com base na literatura antiga, uma vez que não encontraram registros nem alusões ao câncer. Contudo, a grande conclusão deste estudo surgiu em 2010, quando os especialistas calcularam que o câncer é uma doença recente, provocada por hábitos nocivos promovidos pelo Homem. Hábitos esses como regime alimentar pobre e poluição massiva. Você pode até não acreditar nesta teoria, mas a verdade é que o estudo é relevante e por isso foi publicado na revista Nature Reviews Cancer.
Com o surgimento da Revolução Industrial e sobretudo no pós-revolução, as taxas de doenças cancerígenas aumentaram muito. O Prof. Rosalie David afirma que, no meio rural e natural, não existem factores que desencadeiem doenças destas e que realmente o câncer é causado pela alteração dos hábitos humanos, que se tornaram cada vez mais deficientes. Ele afirma ainda que esta doença tem sido estudada ao longo do tempo, incluindo períodos muito antigos, que vão além do nosso século.
Esta pesquisa alargou-se mesmo até ao tempo dos dinossauros e os investigadores envolvidos estudaram registros médicos de pessoas e animais até essa época. A verdade é que não foram encontrados registros de casos ligados ao câncer em primatas, fôsseis ou humanos.
Ainda assim, existem cientistas que acreditam que a razão para esse fato seja apenas o tempo curto de vida de uma pessoa na altura em questão. No entanto, nem mesmo outras maleitas como as próprias de pessoas jovens foram desenvolvidas, por exemplo, no Egito antigo.
A ausência de casos cancerígenos pode também dever-se a outra razão – falta de condições para os tumores se manterem com o decorrer do tempo. Mas, de acordo com professor Zimmerman, existem estudos, feitos por ele e pela sua equipa, que provam que uma múmia tem características próprias que criam condições para conservar tumores e outras maleitas.
A verdade é que ainda são raríssimas e escassas as provas de câncer nas múmias, dando força à teoria de que é uma doença que o Homem criou.