Desde o início da pandemia, muitas pessoas passaram a apresentar sintomas de estresse e ansiedade por conta do isolamento social e de toda a preocupação em torno dessa situação. Um dos sintomas amplamente relatados por profissionais de saúde e pelas próprias pessoas é o bruxismo, caracterizado pelo ranger e apertar dos dentes, geralmente durante o sono, mas também durante o dia.
Sintomas de bruxismo
Esse ato de ranger e apertar os dentes com força é involuntário. Quando ocorre durante o sono, a pessoa só percebe porque acorda sentindo dor na mandíbula, às vezes dor de cabeça matinal e sensibilidade nos dentes.
Quando acontece durante o dia, também é involuntário, e a pessoa só percebe quando já está fazendo, ou apenas por causa das consequências que o problema traz ao longo do tempo, que são:
- Aumento dos músculos da mandíbula;
- Dor e desgaste dos dentes;
- Dor nos músculos da face – especialmente ao abrir e fechar a boca;
- Dores de cabeça ao longo do dia;
- Estalos ao abrir a boca;
- Inflamação nas articulações da mandíbula;
- Problemas nos dentes e gengivas.
Outras causas além do estresse
O estresse e a ansiedade são algumas das causas que podem desencadear o bruxismo. Quando uma pessoa está tensa e preocupada boa parte do tempo, essa contração feita com as arcadas dentárias é uma reação involuntária, mas que não acontece com todo mundo que sofre com estresse e ansiedade.
Além disso, o bruxismo pode ser hereditário e acontecer quando uma pessoa está acordada e muito concentrada em alguma coisa ou estar sob efeito de determinado medicamento.
O que fazer?
O tratamento imediato para o bruxismo é ir ao dentista para começar a usar um molde de silicone nos dentes, mantendo-os protegidos. Porém, é preciso tratar a causa do problema, pois o molde apenas vai evitar o ranger e o desgastar dos dentes.
Para descobrir qual é a causa, o próprio dentista é quem vai ajudar. É importante dizer ao profissional se está fazendo uso de algum medicamento específico ou sentindo que está com problemas emocionais.
Então, ele poderá recomendar que volte ao médico que prescreveu o medicamento para falar sobre esse efeito colateral, ou um tratamento com psicólogo para conseguir lidar com o estresse, a ansiedade ou outras causas emocionais.
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