A peste bubônica é uma doença causada por uma bactéria que causa inchaço nos gânglios linfáticos. Os sintomas só aparecem de três a sete dias após a infecção e são semelhantes a uma gripe, por isso é mais difícil identificar logo no início.
Essa doença ocorre de tempos em tempos, e a sua primeira grande pandemia registrada foi no século 6, chamada de Praga de Justiniano, que matou entre 25 e 50 milhões de pessoas. Também acredita-se que tenha sido a causa da famosa Peste Negra, que afetou a Europa, a Ásia e a África no século 14, com mais ou menos o mesmo número de mortos.
Mais recentemente, no século 19, ocorreu outro surto que matou cerca de 12 milhões de pessoas na China e na Índia.
Agora, um caso de peste bubônica foi diagnosticado na Mongólia Interior, região autônoma da China. As autoridades informaram que o paciente é um camponês da cidade de Bayannur, e que ele está em quarentena e em condição estável.
Acredita-se na possibilidade de o camponês ter ingerido carne de marmota crua, pois esse hábito faz parte da medicina popular local. Porém, é comum que esse animal seja um hospedeiro da bactéria.
Mesmo que a caça da marmota seja ilegal, pessoas ainda buscam no animal a cura para diferentes doenças, apesar do risco de contraírem uma muito pior ao ingerir a carne crua.
Então, as autoridades chinesas reforçaram a proibição da caça e consumo das marmotas e outros animais que poderiam estar infectados, e pediram que a população reportasse sobre casos suspeitos.
Todavia, atualmente a doença não é letal como antigamente, e o risco de uma nova epidemia é improvável.
De acordo com Shanti Kappagoda, médico da clínica Stanford Health Care, em entrevista ao site Healthline, agora os médicos e cientistas já compreendem a transmissão da peste bubônica, sabem como fazer a prevenção e quais são os antibióticos a serem usados nos pacientes infectados.
