O caso aconteceu em uma clínica ortodôntica em Minas Gerais. Um casal, que estava com 3 filhos pequenos, foi ao consultório porque queria tirar satisfação com o dentista que atendeu a mulher.
Quando ouviram da recepcionista que o profissional estava em horário de almoço, eles começaram a quebrar tudo, revoltados.
A motivação? Eles estavam certos de que, quando o dentista atendeu a mulher 3 anos antes, ele havia implantado um chip no dente dela e, desde então, ela estaria sendo rastreada.
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Uma responsável pela clínica, que não quis se identificar, explicou que o consultório atendeu a mulher em 2019 para fazer um procedimento de prótese. Anos depois, no começo de 2022, eles voltaram ao local afirmando que tinha “um corpo estranho” na boca dela.
“A todo momento, os dois estavam exaltados. Ele chegou a mostrar uma foto de arma no celular para um dos dentistas que estava avaliando. Eles gritavam ‘quero que arranque esse dente, quero que tire esse corpo estranho, tem um corpo estranho'”, contou a profissional.
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Depois de alguns dias, por insistência do casal, a clínica concordou em fazer a extração do dente da mulher, desde que ela assinasse um termo de responsabilidade, já que nenhum dos especialistas do local encontrou qualquer problema na prótese.
Eles concordaram e a mulher assinou o documento. No momento em que ela foi atendida para o procedimento, seu marido ficou ao lado do dentista filmando tudo o que ele estava fazendo.
Depois disso, a mulher não seguiu as recomendações do dentista para evitar que o dente extraído infeccionasse. Segundo a clínica, a mulher passou pela extração, continuou carregando o filho no braço, tomou sol, não seguiu nada do pós-operatório e, dias depois, retornou com o rosto inchado.
“Eles chamaram a polícia, a gente também chamou a polícia e foi quando o policial militar relatou para a gente que ele falou que a clínica tinha colocado uma escuta na região da extração [do dente]”, disse a profissional.
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No boletim de ocorrência feito pelo casal, foi descrito que “a senhora alega que ela e seu companheiro têm a certeza de que foi colocado na boca dela uma escuta ou um rastreador. Ela alega que está sendo perseguida e que todo o áudio do seu WhatsApp está sendo vazado”.
Nas câmeras de segurança da clínica é possível ver que uma das crianças chora, enquanto outra grita para os pais pararem.
O homem corre até a TV, pregada na parede, chuta e dá socos no equipamento. A mulher também quebra alguns objetos, enquanto segura outro filho no colo. Em poucos segundos, os dois vão até o elevador para ir embora.
Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, um inquérito foi aberto para apurar os fatos e a investigação ficará a cargo da 2ª Delegacia de Polícia Civil, no centro da capital mineira. A polícia não informou se os suspeitos foram encontrados após a fuga.
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Fonte: UOL Notícias